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Telescópio chileno captura “dança” entre duas galáxias

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Imagine uma dança muito longa. É assim que estão duas galáxias localizadas a 60 milhões de anos-luz da Terra, em um processo de aproximação há 400 milhões de anos.

As galáxias NGC 1512 e NGC 1510 estão localizadas na constelação de Horologium e podem ser observadas do Hemisfério Sul. A maior das duas, NGC 1512, está se fundindo com sua companheira galáctica menor há tanto tempo que criou ondas de formação de estrelas.

Este fenômeno pode agora ser visto numa nova imagem, divulgada nesta terça-feira (3), e que foi captada pela Câmera de Energia Escura.

A câmera, financiada pelo Departamento de Energia dos EUA, é um gerador de imagens de campo amplo localizado no telescópio Víctor M. Blanco, de 4 metros, que está no Observatório Interamericano Cerro Tololo, no Chile.

O observatório é um programa pertencente ao NOIRLab da National Science Foundation.

A nova imagem mostra NGC 1512, uma galáxia espiral, parecendo estender-se para ‘abraçar’ a menor, NGC 1510, em uma espécie de “balé galáctico”, de acordo com pesquisadores.

O fluxo de luz entre as duas galáxias revela há quanto tempo essas duas interagem. As forças gravitacionais de ambas as galáxias aceleraram a taxa de formação de estrelas em cada galáxia e distorceram suas formas.

Eventualmente, as duas galáxias se fundirão em uma galáxia maior. É assim que elas evoluem.

Capturando a evolução das galáxias

A Câmera de Energia Escura coleta a luz das estrelas à medida que é refletida pelo espelho de 4 metros de largura do telescópio Victor M. Blanco, que pesa tanto quanto um caminhão.

A luz das estrelas passa pelo interior do equipamento, incluindo uma lente de correção óptica inicial de cerca de 1 metro de diâmetro, para uma grade de 62 dispositivos de carga acoplada.

Esses sensores são muito mais sintonizados do que os de uma câmera digital comum. Sendo assim, eles são perfeitos para capturar a luz de objetos astronômicos com pouco brilho, como essas galáxias.

A Câmera de Energia Escura ajudou mais de 400 cientistas de todo o mundo a mapear centenas de milhões de galáxias, rastrear supernovas e até determinar padrões de estrutura cósmica no universo.

A pesquisa, realizada entre 2013 e 2019, está ajudando astrônomos a entender como a misteriosa energia escura está contribuindo para a expansão do universo.

E, felizmente para nós, a câmera ainda está sendo usada para outros programas de observação e continua a capturar imagens cósmicas inspiradoras.

Por CNN

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