Termo que devolve sistema de saneamento à prefeitura foi assinado nesta sexta-feira (28) — Foto: Elderico Silva/Rede Amazônica
O prefeito de Rio Branco e o governador Gladson Cameli assinaram, no início da tarde desta sexta-feira (28), no Palácio Rio Branco, o termo de reversão do Sistema de Saneamento Básico para a prefeitura. A transição começou e deve encerrar em outubro.
A questão do saneamento básico e da distribuição de água, constitucionalmente, é de responsabilidade do município, mas, um acordo feito há anos deixou esse serviço a cargo do Estado, por meio do Departamento de Água e Saneamento do Acre (Depasa).
Agora, com a assinatura do termo, a responsabilidade volta a ser da prefeitura.Com a promessa, de não deixar faltar o abastecimento para a população mais pobre, o prefeito Tião Bocalom diz que tem certeza do que está fazendo e afirma que o poder público vai garantir esse abastecimento.
“Em 2017, iniciaram o processo para privatização e mandaram fazer um diagnóstico e olhando para ele não é ruim, é possível trabalhar e fazer chegar água 24 horas nas torneiras da população. Só que ano passado, quando a gente falou da questão da água, o próprio governador disse que se a prefeitura quisesse, ele entregava, foi quando nós dissemos que queríamos. Então, a palavra foi dada e está sendo cumprida”, disse Bocalom.
O prefeito disse que a reversão ocorre de forma gradativa e que o primeiro passo foi a assinatura do termo. A municipalização do serviço, foi uma das promessas de campanha de Tião Bocalom.
“Tenho certeza absoluta do que estamos fazendo. Eu acompanho isso desde 2008. E é possível a gente ter um sistema de coleta de esgoto e tratamento de distribuição de água aqui em Rio Branco porque o conjunto está praticamente pronto. De água já tem 92% de rede, de esgoto 21% já é tratado. Juntos vamos resolver o problema de água e esgoto em Rio Branco”, pontuou.
O sistema de abastecimento de água e esgoto funcionou de forma crítica em 2020, com equipamentos defeituosos, queimadas, rachaduras em barragens e desabastecimento nos bairros.
Durante a campanha, o prefeito disse que estudava uma alternativa para que esses problemas sejam sanados. Uma das medidas que sugeriu, era separar o abastecimento do primeiro e segundo distritos da cidade, trabalhando com abertura de poços artesianos.
O governador Gladson Cameli disse que a mudança faz parte de uma vontade consensual de governo e prefeitura. Ele afirma que a reversão não é abrir mão de uma responsabilidade, mas reafirmação de um compromisso de não prejudicar a população.
“Sempre foi pauta a questão do abastecimento. A minha intenção sempre vai ser a melhor, tentando não criar problemas, nem prejuízos. Como foi um compromisso que o prefeito firmou e eu também tenho interesse que a população tenha o abastecimento de água e com qualidade, precisamos destas melhorias. Nós precisamos nos ajudar, o governo sozinho não alcança nada”, disse.
Para fazer a mudança, Cameli disse que há poucos recursos, mas eles trabalham para conseguir o necessário.
“Tem algum aporte de pequeno valor, mas tem o interesse do BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] que não é privatizar, é conceder para pegar recurso da iniciativa privada e fora isso estamos correndo contra o tempo na questão de retomar e terminar as obras inacabada.”
Via- G1