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Servidores da Saúde fazem passeata até a prefeitura de Cruzeiro e garantem que greve é legítima

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Sem conseguir entrar em um acordo com o município, os servidores da saúde entraram em greve por tempo indeterminado. Logo no inicio da manhã desta quarta-feira,15, os servidores se reuniram na praça do centro cultural e seguiram em caminhada passando pela praça de táxi, ponte da união e finalizaram no pátio da prefeitura no bairro do Miritizal.

Venilson Albuquerque representante do Sintesac, disse que a greve só está acontecendo porque os servidores chegaram ao limite. Ficaram nove meses tentando negociar com a prefeitura e não entraram em um acordo.

“A gente vem sentando com a gestão há nove meses em busca de uma valorização com a categoria, mas eles falam sempre não, a questão é que na mesa da negociação ele ofereceram duzentos reais para a categoria, sendo que para os professores deram um abono bem maior, e pra gente a equipe do prefeito disse que era só isso e se quisermos. Vamos ficar em greve até o prefeito resolver valorizar a categoria pelo menos sentar em negociação com a categoria que até hoje nem ele e nem o secretário de saúde sentaram”.

A representante do sindicato dos enfermeiros, Alcione Daniela disse que enfrentaram dificuldades em trazer os servidores para o movimento grevista porque os profissionais estavam sendo coagidos pelos gestores para não aderir a greve. “Eu tenho 13 anos de secretaria de saúde e nunca vi uma situação dessas. Os profissionais de saúde estão sendo coagidos a não participarem do movimento”.

Os servidores do município aproveitaram o movimento para lembrar dos profissionais que faleceram durante a pandemia e estavam na linha de frente. “A gente sabe que a vacina veio aí pra salvar vidas, mas sabemos que perdemos bastante colegas que estavam na linha de frente e aproveitamos o momento para homenageá-los”.

O técnico de enfermagem Vanderlucio Ponte, questionou os valores que o município tem recebido e os valores de salários que são pagos hoje para vários cargos comissionados, inclusive uma empresa de publicidade no valor de um milhão e duzentos mil reais. “Se não tem dinheiro pra nossa valorização, porque tem dinheiro pra pagar a empresa de publicidade. A saúde de Cruzeiro do Sul mais uma vez merece respeito”.

O secretário de Articulação Política e institucional da prefeitura José Maria Freitas que exerce um dos cargos comissionados de alto escalão, disse que já esteve em outras reuniões da categoria. “Eles nos apresentam três propostas. A primeira é a questão da reformulação do PCCR, a insalubridade e o abono Covid. A lei não nos permite dar um reajuste. Nós estabelecemos uma negociação com eles através de uma comissão sindicato e prefeitura. A prefeitura pode dar um abono de duzentos reais, ano passado entrou oito milhões e esse ano três milhões. Se nós pudéssemos dar um reajuste maior nós daríamos. Nós colocamos na mesa os papéis, a nossa receita, o que gastamos na saúde”, concluiu.

Redação Juruá Online

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