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Sem leitos, pacientes psiquiátricos dividem espaço com demais internados em Cruzeiro do Sul

A coordenadora da Regional de Saúde do Juruá, Catiana Rodrigues, afirma que todos os encaminhamentos para melhoria desses serviços estão tramitando na Sesacre.

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O único local de internação de pacientes com problemas psiquiátricos em Cruzeiro do Sul e toda a regional é o Hospital Regional do Juruá. Mas, sem leitos específicos, os pacientes com transtornos mentais, sejam casos leves ou graves, ocupam as áreas de observação e de enfermaria junto com os demais internados da unidade hospitalar.

Um profissional de saúde, que pede para não se identificar, disse que os casos de transtorno mentais aumentaram muito em Cruzeiro do Sul durante a pandemia de Covid-19. Que antes, havia 1 ou 2 casos de pacientes com problemas psiquiátricos e agora são de 5 a 6 na observação, quando estão mais calmos, nas enfermarias do Hospital do Juruá. Ele destaca que os casos controlados e moderados eram transferidos para o Hospital Dermatológico, o que agora não acontece mais.

“Agora os pacientes com transtornos psiquiátricos ficam nas observações e enfermarias do Hospital do Juruá, tanto os casos leves quanto os graves, porque o dermatológico não aceita mais nem os leves”, relata o profissional, citando que as tratativas iniciadas para a criação de leitos psiquiátricos no Hospital do Juruá e criação de Centro de Atenção Psicossocial- Caps com internações não tiveram continuidade por parte da direção da unidade hospitalar e da secretaria de Estado de Saúde do Acre.

A coordenadora da Regional de Saúde do Juruá, Catiana Rodrigues, afirma que todos os encaminhamentos para melhoria desses serviços estão tramitando na Sesacre. Apesar do Hospital do Juruá não ter nenhum leito psiquiátrico, ela cita ampliação no número.

“Realmente tivemos um aumento no número de pacientes que necessitam desse serviço, e temos um processo tramitando para ampliação de leitos de saúde mental no Hospital do Juruá e para a implantação do CAPS III. Sim, temos leito habilitado no hospital e precisamos só de ampliação”, explica.

Quanto ao Hospital Dermatológico, onde há 20 leitos, Catiana diz que o local não é adequado e que a gestão busca outro espaço. “O Hospital de Dermatologia Sanitária teve um atendimento de caráter excepcional em situações de urgência por conta da gravidade dos problemas, mas nunca foi referência. Estamos trabalhando e buscando junto as áreas técnicas um local de referência para esses atendimentos. Estamos com um planejamento para fortalecimento da rede de saúde mental, desde a construção do CAPS III onde já temos um terreno e capacitação para todos os profissionais de Saúde”, informa a coordenadora.

Caps

Os Centros de Atenção Psicossocial – Caps são serviços de saúde voltados aos atendimentos de pessoas com sofrimento psíquico ou transtorno mental, incluindo aquelas com necessidades decorrentes do uso de álcool, crack e outras substâncias, que se encontram em situações de crise ou em processos de reabilitação psicossocial.

Nos estabelecimentos atuam equipes multiprofissionais, que empregam diferentes intervenções e estratégias de acolhimento, como psicoterapia, seguimento clínico em psiquiatria, terapia ocupacional, reabilitação neuropsicológica, oficinas terapêuticas, medicação assistida.

Em Cruzeiro do Sul o Centro de Atenção Psicossocial- Caps Náuas, atua com consultas psiquiátricas, dispensação de medicamentos, atendimento psicológico e social, atendimentos familiares e domiciliares, mas não inclui estadias e internações.

Já o Caps III atende prioritariamente pessoas em intenso sofrimento psíquico decorrente de transtornos mentais graves e persistentes, incluindo aqueles relacionados ao uso de substâncias psicoativas, e outras situações clínicas que impossibilitem estabelecer laços sociais e realizar projetos de vida. Proporciona serviços de atenção contínua, com funcionamento 24 horas.

Já o Caps III atende prioritariamente pessoas em intenso sofrimento psíquico decorrente de transtornos mentais graves e persistentes, incluindo aqueles relacionados ao uso de substâncias psicoativas, e outras situações clínicas que impossibilitem estabelecer laços sociais e realizar projetos de vida. Proporciona serviços de atenção contínua, com funcionamento 24 horas, incluindo feriados e finais de semana, ofertando retaguarda clínica e acolhimento noturno a outros serviços de saúde mental, inclusive CAPS AD. Indicado para municípios ou regiões de saúde com população acima de 150 mil habitantes.

O Caps de Cruzeiro, de acordo com Catiana, vai atender os 7 municípios da Regional do Juruá, Tarauacá e Envira.

Já o Caps III atende prioritariamente pessoas em intenso sofrimento psíquico decorrente de transtornos mentais graves e persistentes, incluindo aqueles relacionados ao uso de substâncias psicoativas, e outras situações clínicas que impossibilitem estabelecer laços sociais e realizar projetos de vida. Proporciona serviços de atenção contínua, com funcionamento 24 horas, incluindo feriados e finais de semana, ofertando retaguarda clínica e acolhimento noturno a outros serviços de saúde mental, inclusive CAPS AD. Indicado para municípios ou regiões de saúde com população acima de 150 mil habitantes.

O Caps de Cruzeiro, de acordo com Catiana, vai atender os 7 municípios da Regional do Juruá, Tarauacá e Envira.

Com informações Ac24horas.

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