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Segunda caverna do Acre é descoberta na Serra do Divisor

O fotógrafo Luis Vivanco esteve na Serra do Divisor há algumas semanas atrás e teve a oportunidade de ser o primeiro a fazer o registro do lugar. O próprio descobridor, Josias, foi o guia nessa 1a expedição.

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Segunda caverna do Acre é descoberta na Serra do Divisor

Há pouco mais de 3 meses, Josias Oliveira da Silva, 22 anos, morador da Serra do Divisor, encontrou uma caverna enquanto trabalhava na mata. Ele hoje trabalha e cuida da pousada Canindé da Serra, que era do Seu Edson, descobridor da 1a caverna do AC, também na Serra, que levou o seu nome (Caverna do Edson). Ano passado, Seu Edson faleceu em decorrência da Covid-19.

Josias nomeou a sua descoberta de “Caverna do Caititu”, em referência a uma espécie de porco-do-mato de pequeno porte que habita na floresta amazônica. O fotógrafo Luis Vivanco esteve na Serra do Divisor há algumas semanas atrás e teve a oportunidade de ser o primeiro a fazer o registro do lugar. O próprio descobridor, Josias, foi o guia nessa 1a expedição.

Levando apenas um facão, Josias foi abrindo caminho na mata fechada, numa trilha de 1:30h desde o início do trajeto, à beira do Rio Moa.

A trilha segue o curso de um pequeno riacho com águas cristalinas que nasce do alto da Serra. Muitos troncos caídos e pequenas quedas d’água dificultam o acesso ao local. Fontes de água descem nos paredões de pedra característicos da Serra, deixando cada vez mais bonito o caminho da trilha que ainda não foi aberta.

Formações rochosas compõem a beleza da trilha fechada.

Cavernas são um espaço propício para abrigo de animais, e durante a trilha se via pegadas frescas de uma onça-pintada na beira do riacho, que foi vista na entrada da caverna pela expedição. Felizmente, ela se afastou, dando oportunidade de fotografar melhor o local.

A caverna tem em torno de 20 metros de comprimento, 3 de altura (dentro da caverna), e pode ser atravessada de uma ponta à outra a pé. O desgaste das paredes do interior da caverna dão uma característica especial, com uma areia branca fina cobrindo o solo.

A água do riacho da trilha passa por dentro da caverna, deixando o lugar ainda mais interessante. Cercada por uma mata densa e fechada, é possível sentir a natureza viva ao redor, com os mais diferentes cantos de pássaros e fortes tons na cor da vegetação em torno do ambiente recém descoberto.

O local ainda não está devidamente pronto para visitação e lazer, mas é possível dizer que tem o potencial de ser uma das principais atrações do Parque Nacional da Serra do Divisor, com uma trilha muito bonita, flora variada e abundante, contemplada por composições de formações geológicas únicas no Acre.

Redação Juruá Online

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