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Secretário que não fizer recurso “rodar” será convidado a sair da gestão do governo do Acre a partir de abril

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Os secretários de estado no Acre terão até o próximo dia 30 para apresentar ao governador Gladson Cameli um plano de prioridades para retirar do papel pelo menos R$ 200 milhões em projetos licitados e com dinheiro em caixa. Quem não colocar recurso para “rodar” será convidado a deixar a pasta.

O tom foi dado em uma reunião do governador Gladson Cameli com secretários. Uma fonte do Palácio Rio Branco assegurou que, sem paciência para um jogo de empurra, empurra entre os gestores do primeiro escalão e a pressão sofrida externamente pela bancada federal, que pede a execução de projetos encalhados desde 2019, o chefe do executivo emparedou seus subordinados.

“A população quer saber de resultados, não está nem ai para achar culpados, a ingerência de alguns recai sobre a minha pessoa, não tem perdão”, teria dito o governador durante o encontro fechado, pressionando secretários por resultados.

Cameli não está disposto a passar a mão na cabeça nem do tio, Anderson Lima que é da pasta de Indústria e Tecnologia, caso a secretaria não deslanche. De olho em 2022, o chefe do executivo sabe que mesmo estando bem avaliado pelas ações no enfrentamento da pandemia, se não tocar grandes obras gerando emprego e renda, poderá ter o projeto de reeleição comprometido.

Com o pico da Covid-19 previsto para acontecer após a semana santa, no Acre, entre os dias 4 e 10 de abril, o governo quer correr contra o tempo e lançar um pacote de obras ousado visando o aquecimento da construção civil. O ponta pé inicial pensado para este novo momento é o lançamento das obras do Anel Viário entre as cidades de Epitaciolândia e Brasileia no interior, e o primeiro viaduto de Rio Branco, como ação impactante na capital.

A perda de R$ 70 milhões no poder de investimentos para 2021 ainda não foi totalmente digerida pelo governador e a Secretaria de Planejamento. A Casa Civil nega, mas a exoneração do diretor-presidente do DETRAN, Luiz Fernando – ligado ao coordenador da bancada federal – senador Sérgio Petecão (PSD-AC) foi uma retaliação.

A exoneração do médico veterinário Edvan Azevedo da secretaria de produção e agronegócio sinaliza para uma reforma política pactuada com quem realmente vestir a camisa da gestão. “Um time só”, como diz o novo slogan de governo. A ordem é colocar o Estado acima de quaisquer interesses.

Desde que assumiu o comando da Casa Civil, Flavio Silva vem conversando com os partidos que orbitam na base do Palácio Rio Branco. Uma extensa agenda em curso foi pensada para “derreter resistências” e garantir a governabilidade.

O governador confirmou a reunião com os setores ligados a infraestrutura e disse que está mais tranquilo com relação a eventuais atrasos. “Estamos seguindo um cronograma estabelecido e temos um prazo até maio para várias licitações estarem homologadas. Tudo estará dentro dos trâmites e trabalhamos para não perder recursos. Já estive mais preocupado com esse assunto, mas acredito que ajustamos essas situações”, frisou.

Via-Ac 24 horas

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