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Saúde mental: crises de ansiedade entre jovens preocupam especialistas

Técnicas respiratórias voltadas para relaxamento, meditação e práticas de exercícios físicos podem ajudar alunos e professores.

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Após o abandono do distanciamento social e com a flexibilização das medidas tomadas para evitar a propagação da Covid-19, relatos de crises psicológicas em alunos têm se intensificado nas aulas presenciais.

As crises de ansiedade e angústia não têm idade. Atingem crianças, adolescentes e universitários. Em abril, chamou a atenção o caso de uma escola de ensino médio em Recife (PE), na qual mais de 20 alunos apresentaram quadro de estresse no retorno às aulas. Eles apresentaram sudorese, saturação baixa e taquicardia.

Luiza Dela Pace Santos, de 19 anos, conta que sentiu falta de frequentar a escola. Mas, ao retornar para o cursinho, onde estuda para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), se sentiu angustiada: “Não sabia mais como eu reagiria ao redor de muitas pessoas”.

Estudantes do Recife relataram crise de ansiedade coletiva

Especialistas afirmam que é normal haver períodos de ansiedade ou depressão quando se enfrenta momentos de mudanças bruscas e muitas cobranças. “Não há como garantir que os quadros sejam passageiros, pois a sobrecarga emocional, resultante da pandemia, pode agravar essa situação”, afirma Letícia Macheone, psicopedagoga.

A pedagoga Angélica Maria Santos diz que é importante uma formação continuada dos educadores, pois eles são fundamentais no apoio aos estudantes: “Necessitam de conhecimento para trabalhar emoções, sentimentos e aflições. Devem, também, ter empatia, cuidado e escuta ativa”.

Dicas

Segundo a psicopedagoga Letícia Macheone, técnicas respiratórias voltadas para relaxamento, meditação e práticas de exercícios físicos podem ajudar alunos e professores no período de readaptação social.

Ao ser questionado pelo Metrópoles sobre um plano de assistência à saúde mental, o Ministério da Saúde afirmou que “o Programa Saúde na Escola (PSE) promove a articulação e a integração entre as equipes da educação básica e os profissionais de saúde da Atenção Primária, que desenvolvem as ações nas escolas, tornando o programa o principal do Sistema Único de Saúde que articula os dois setores”.

Por Metrópoles

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