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Saúde do Acre investiga 150 casos suspeitos de reinfecção por Covid-19

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Acre ainda espera resultado de amostras enviadas para o Pará para novas variantes do coronavírus.

Cento e cinquenta moradores do Acre estão sendo acompanhados e investigados pelas equipes de saúde estadual por suspeita de reinfecção da Covid-19. A informação foi confirmada pela secretária-adjunta da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), Paula Mariano, em entrevista ao Jornal do Acre 1ª Edição.

O estado ainda aguarda o resultado de amostras enviadas para o Laboratório Evandro Chagas, em Belém, unidade referência nas análises na região Norte, para saber se novas variantes circulam no Acre. Ainda segundo Paula, o laboratório já divulgou o resultado de seis amostras enviadas do estado acreano e todas deram negativo.

“Estamos aguardando as novas que foram enviadas. Temos ainda a suspeita de reinfecção em 150 pessoas”, frisou a secretária-adjunta.

Secretária adjunta da Saúde diz que 150 casos de reinfecção por Covid-19 são investigados

Secretária adjunta da Saúde diz que 150 casos de reinfecção por Covid-19 são investigados.

Ainda na entrevista, Paula Mariano falou do avanço da doença no estado, novos leitos de UTI que devem ser abertos para atender a população, inclusive no Hospital Regional do Alto Acre, em Brasileia, interior do estado, e o reforço na usina de oxigênio da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do 2º Distrito de Rio Branco.

“Estamos programando para abertura de 20 leitos de UTI. Mas, não gostaria que a gente trabalhasse só com aumento de leitos, temos que trabalhar na prevenção da doença. Muito importante a população lembrar isso. Temos a previsão da chegada de novas usinas de oxigênio, ampliamos a capacidade do Into, estamos aumentando o leitos clínicos, reforçamos a UPA do 2º e nosso foco de ampliação hoje é no pronto socorro e abertura de leitos no Alto Acre”, destacou.

Leitos de UTI do Acre continuam lotados nas unidades de saúde — Foto: Secom

Leitos de UTI do Acre continuam lotados nas unidades de saúde — Foto: Secom

Avanço da doença

A secretária falou também sobre o aumento no número de infectados e de mortes pelo novo coronavírus no mês de março. Março já é considerado o mês mais letal da pandemia no Acre. Foram 264 mortes pela Covid-19 neste mês, superando a marca de junho de 2020, que registrou 217 mortes. Até ess quarta-feira (31) 1.262 pessoas perderam a vida para a doença no estado.

“A gente sempre se baseia em números, podemos perceber que no ano passado quando tivemos uma diminuição, mas já tínhamos uma previsão para os outros meses para o pior momento, que estamos passando e para o outro mês. Nos preparamos para isso, com o aumento de leitos. No início da pandemia tínhamos dois leitos de UTI, agora temos 106. Infelizmente, como em todo país, chegamos no limite e estamos trabalhando para tentar ter conter esse aumento”, frisou.

Mesmo com todas as medidas e ações da Saúde para garantir o atendimento à população, a gestora destacou que o ideal é a população se cuidar, evitar aglomeração, usar máscara, manter o distanciamento e seguir todos os demais protocolos que evitem o avanço da doença.

As festas de fim de ano, a nova variante que surgiu no Amazonas, que vemos a questão do contágio dela que é bem maior. Vemos isso tudo como culpados em um todo, festas clandestinas, que sabemos que acontece bastante; orientamos, tentamos, a fiscalização está desde início, agora nos fins de semana é bem efetiva, mas precisamos da colaboração da população. A gente não depende só da entidade pública, mas da conscientização de cada um”, alertou.

Pandemia e colapso no Acre

O Acre registrou até essa quarta-feira (31) 69.657 casos da Covid-19 e 1.262 óbitos pela doença. Os hospitais atingiram a capacidade máxima no estado e 14 pessoas aguardam na fila à espera de um leito de UTI. Com a saúde em colapso, pacientes foram transferidos para o Amazonas.

O estado está em contaminação comunitária desde o dia 9 de abril, com uma taxa de incidência de e 7.787,5 casos para cada 100 mil habitantes. O Acre apresenta um coeficiente de mortalidade (óbitos por 100 mil habitantes) de 141% e de letalidade de 1,8%.

Dos 106 leitos de UTI nos hospitais da rede SUS disponibilizados no estado, 103 estão ocupados. A taxa de ocupação total subiu para 97%. Os leitos de UTI estão concentrados na capital, com 85 vagas, e Cruzeiro do Sul, com 26.

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