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Saúde descarta amostra de paciente do Acre com suspeita da varíola dos macacos

O resultado das análises foi negativo para todas as doenças, de acordo com o Lacen.

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A Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) informou, na última terça-feira, 21, que o Laboratório Central (Lacen) do Acre já realizou as análises iniciais do caso suspeito de contaminação pela varíola dos macacos, em Rio Branco, para doenças cujos sintomas sejam similares, como sarampo, rubéola, sífilis, herpes, dengue, zika e chikungunya. O protocolo é orientado pelo Ministério da Saúde (MS) e adotado também por outros países, como foi o caso da Bolívia.

O resultado das análises, no entanto, foi negativo para todas as doenças, de acordo com o Lacen. Portanto, as amostras serão enviadas para o laboratório de referência – Lacen/Minas Gerais – para ser submetido ao sequenciamento genético específico da monkeypox, a varíola dos macacos.

O caso suspeito foi o primeiro notificado no Acre, identificado no dia 13 de junho. Segundo a Sesacre, o paciente é da capital acreana, tem 30 anos, e teve contato com pessoas vindas do exterior. Ele deu entrada no Pronto Atendimento da Unimed, queixando-se de febre, adenomegalia e erupção cutânea.

Inicialmente, a Sesacre informou que o paciente apresentava sintomas leves e foi orientado a permanecer isolado, além de continuar sendo monitorado junto às pessoas com as quais ele manteve contato.

A investigação do caso é feita pela Vigilância Epidemiológica Municipal. Até o momento, oito casos da varíola dos macacos foram confirmados no Brasil, sendo quatro em São Paulo, dois no Rio Grande do Sul e dois no Rio de Janeiro. Além disso, pelo menos seis casos seguem em investigação

A varíola dos macacos acendeu uma luz de alerta entre a comunidade médica, com mais casos sendo notificados ao redor do mundo. 

Segundo o serviço de saúde pública do Reino Unido (NHS, na sigla em inglês), geralmente leva entre cinco e 21 dias para que os primeiros sintomas apareçam.

São eles: febre alta, dor de cabeça, dores musculares, dor nas costas, linfonodos inchados, calafrios e exaustão.

Uma erupção geralmente aparece 1 a 5 dias após os primeiros sintomas. A erupção geralmente começa no rosto e depois se espalha para outras partes do corpo.

A erupção às vezes pode ser confundida com catapora. Ela começa com espinhas elevadas, que se transformam em pequenas bolhas cheias de líquido. Essas bolhas podem formar crostas que mais tarde caem.

Os sintomas geralmente desaparecem em 2 a 4 semanas.

Paciente com infecção por varíola dos macacos
Não há tratamento específico para varíola dos macacos

Mas o que pode ser feito para amenizar os sintomas? E há cura para a varíola dos macacos?

Vacina eficaz

A infecção é geralmente leve e a maioria das pessoas se recupera dentro de algumas semanas sem tomar nenhum remédio.

Ibuprofeno e paracetamol podem combater a febre e as dores, mas não há no momento tratamento específico para a varíola dos macacos.

Às vezes, no entanto, algumas pessoas, especialmente as que são imunossuprimidas, podem ficar muito doentes e precisar de internação.

Segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), vacina contra a varíola, antivirais e a imunoglobulina vaccinia (VIG) podem ser usados para controlar o surto de varíola dos macacos.

“Uma vacina, JYNNEOS TM (também conhecida como Imvamune ou Imvanex), foi licenciada nos Estados Unidos para prevenir a varíola e a varíola dos macacos. Como o vírus da varíola dos macacos está intimamente relacionado ao vírus que causa a varíola, a vacina contra a varíola também pode proteger as pessoas contra a varíola dos macacos”, diz o CDC em seu site.

Segundo a agência de saúde pública dos EUA, dados da África, onde o vírus da varíola dos macacos é endêmico, indicam que a vacina contra a varíola é pelo menos 85% eficaz na prevenção da varíola dos macacos.

“A eficácia de JYNNEOS TM contra a varíola dos macacos foi concluída a partir de um estudo clínico sobre a imunogenicidade de JYNNEOS e dados de eficácia de estudos em animais. Os especialistas também acreditam que a vacinação após a exposição à varíola dos macacos pode ajudar a prevenir a doença ou torná-la menos grave”, acrescenta o CDC.

No entanto, a vacina contra a varíola não está atualmente disponível para o público em geral, uma vez que a doença foi erradicada mundialmente na década de 80.

A varíola dos macacos pode ser transmitida por animais selvagens infectados em partes da África Ocidental e Central. Acredita-se que seja espalhada por roedores, como ratos, camundongos e esquilos.

Sendo assim, pode-se contrair a doença caso você seja mordido por um animal infectado, comendo a carne dele que não tenha sido completamente cozida, ou tocando em sua pele.

A varíola dos macacos também pode ser transmitida:

  • por tosse ou espirro de uma pessoa infectada;
  • tocando em roupas, roupas de cama ou toalhas usadas por alguém infectado;
  • tocando em bolhas ou crostas na pele de alguém infectado.

Como a varíola dos macacos pode se espalhar se houver contato próximo com alguém infectado, a recomendação dos médicos é se isolar se você receber um diagnóstico positivo para a doença.

Recomendação

Segundo o NHS, embora a varíola dos macacos seja rara, há coisas que você pode fazer para reduzir o risco de contraí-la.

  • Lave as mãos com água e sabão regularmente ou use um desinfetante para as mãos à base de álcool;
  • Coma apenas carne que tenha sido bem cozida.

O que você não deve fazer:

  • não se aproxime de animais selvagens, incluindo animais mortos;
  • não se aproxime de nenhum animal que pareça doente;
  • não coma ou toque em carne de animais selvagens (carne de caça);
  • não compartilhe roupas de cama ou toalhas com pessoas doentes e que possam ter varíola dos macacos;
  • não tenha contato próximo com pessoas que estão doentes e podem ter varíola dos macacos.

Com informações Sesacre e BBC.

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