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Protesto de transportadores bolivianos pode causar bloqueio na fronteira Acre/Pando

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As pontes que ligam as cidades brasileiras de Brasiléia e Epitaciolândia à capital do departamento boliviano de Pando, Cobija, poderão voltar a ser bloqueadas impedindo novamente o trânsito na fronteira acreana com o país vizinho.

Desta vez, a ameaça vem da Federação dos Transportes “11 de Outubro”, que anunciou um bloqueio rodoviário indeterminado em vários pontos de acesso no departamento de Pando, a partir da zero hora desta terça-feira, 25, que inclui os postos fronteiriços.

O anúncio foi feito por dois dirigentes do comitê ad-hoc da federação, Joel Churqui e Hector Perez, em entrevista coletiva. O motivo do protesto é a paralisação das obras de conclusão da estrada que liga Cobija a La Paz, capital do país.

De acordo com os dirigentes, até o momento não há resposta do governo nacional para as várias tentativas de contato com o ministro das Obras Públicas, Serviços e Habitação, que foi convidado para uma reunião em Cobija para tratar do assunto.

Diante das negativas aos convites, os transportadores decidiram realizar o bloqueio por tempo indeterminado dos acessos internacionais ao departamento de Pando e à capital, Cobija, como instrui um documento enviado a diferentes sindicatos.

Atualmente, o departamento de Pando é totalmente dependente de estradas peruanas e brasileiras, através do Acre, por onde chegam produtos considerados essenciais como o combustível e grande parte dos alimentos.

Este ano, o trânsito entre os dois países foi interrompido, no começo do mês de abril, por decisão do governo boliviano, como maneira de evitar a entrada no país da variante brasileira do coronavírus. O fechamento da fronteira durou cerca de uma semana.

Durante esse período, foi adotada uma “janela de circulação” de duas horas diárias para que cidadãos dos dois países pudessem atravessar a fronteira de maneira excepcional. A estratégia não deu certo e causou confusão entre população e autoridades.

A medida do governo boliviano desagradou a taxistas, mototaxistas e comerciantes brasileiros que resolveram bloquear totalmente as duas pontes que ligam as três cidades, o que terminou pondo fim ao fechamento da fronteira.

Com colaboração do jornalista Alexandre Lima, do jornal O Alto Acre.

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