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PF recorre a empresa de valores para contar milhões de reais apreendidos na casa de suspeito de pirâmide financeira

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RIO — A Polícia Federal (PF) precisou recorrer a uma empresa de valores para contar o dinheiro apreendido na casa do empresário Glaidson Acácio dos Santos, de 38 anos, dono da  GAS Consultoria Bitcoin. O montante chegaria a cerca de R$ 20 milhões, entre reais, euros e dólares. O dinheiro foi levado em malas de viagem para a sede da PF. De lá, foi necessário pedir um carro forte para levar os malotes até um local equipado com máquinas que fazem a contagem das cédulas.

Agentes que estiveram na operação dentro da casa de Glaidson, em condomínio na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, dizem que nunca viram tanto dinheiro numa operação, nem mesmo na Lava-Jato. Oficialmente, a Polícia Federal ainda não informou o valor apreendido na casa do empresário.

Questionado sobre a quantia apreendida na casa do empresário, o advogado de defesa, Thiago Minagé, afirmou que, embora seja um volume alto, não é crime guardar valores em casa.

— R$ 20 milhões é uma quantia exacerbada e alta. Mas não é uma quantia que você possa afirmar que é oriunda de prática criminosa. Ganhar dinheiro, ter R$ 20 milhões em casa, isso por si só não é um crime — afirmou Minagé.

A operação da PF tinha como objetivo desarticular uma organização criminosa responsável por fraudes bilionárias envolvendo criptomoedas e que atuavam, principalmente, na Região dos Lagos. Denominada Kryptos, a ação contou com cerca de 120 agentes, que cumpriram sete mandados de prisão preventiva, dois mandados de prisão temporária e 15 mandados de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Ceará e no Distrito Federal.

Entre os presos está o dono da GAS Consultoria Bitcoin, Glaidson Acácio dos Santos, de 38 anos, e sua esposa, a venezuelana Mirelis Yoseline Diaz Zerpa.Um trader, identificado como Arthur dos Santos Leite, contratado por Glaidson, também foi preso pela Polícia Federal. Ele estava na sede da GAS, em prédio no centro de Cabo Frio, na Região dos Lagos (RJ). O outro preso na operação foi identificado como Tunay Pereira Lima, que foi detido no Aeroporto de Guarulhos, quando tentava embarcar para Punta Cana, na República Dominicana, para um evento da GAS.

Via-O Globo

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