O pedreiro chegou de mãos dadas com o filho e logo foi na direção da cama que o menino tanto queria: a do Relâmpago McQueen, do filme Carros. Sem saber que a loja não tinha mais crediário, ele conversou com a vendedora e disse que tinha intenção em comprar o objeto parcelado, dividindo em cinco vezes. No entanto, saiu frustrado por não poder comprar e a história sensibilizou a vendedora que, por meio de uma “corrente do bem”, conseguiu o valor e agora quer entregar ao pai a cama.
“Eu trabalho na loja da rua 14 de julho e ele chegou aqui na última sexta-feira (5), acompanhado do filho. Era umas 9 horas mais ou menos e aí nós conversamos por uns 20 minutos, não só com ele como com o menino. Eu até não me esqueço dos nomes: o pai se identificou como Eli e o menino como João Guilherme. Gosto muito de criança e até brinquei com ele”, afirmou ao G1 a vendedora e estudante de fisioterapia, Letícia Gomes Espíndola, de 24 anos.
De acordo com a vendedora, o menino saiu “muito entusiasmado” da loja e ela então ficou muito sensibilizada. “Eu pedi o contato dele, mas, acho que na hora me passou algo errado ou eu anotei errado, porque fica dando número inexistente. Daí eu participo da igreja, onde temos um grupo voluntário, então falei lá pro pessoal e também postei nas minhas redes sociais”, explicou.
Detalhe da cama que o pedreiro e o filho dele escolheram, mas, não puderam comprar em MS — Foto: Letícia Espíndola/Arquivo Pessoal
Em pouco tempo, vários amigos disseram que iam ajudar. “Eu não imaginava essa repercussão toda, para falar a verdade. A minha intenção era só ajudar porque, mesmo eu não tendo filho, imagino que deve ser muito ruim você querer dar algo para o seu filho e não ter condições. Falei com várias pessoas e teve um amigo, que acabou de chegar do interior inclusive e está lá no Ceará, que ligou e pediu o PIX, dizendo que faria a doação da cama”, relembrou.
Na sequência, Letícia diz que “chorou um desconto” com o proprietário do estabelecimento comercial e ele então estabeleceu o valor de R$ 500. “Eu falei para o meu chefe que era um valor para mim, para ajudar. Agora que conseguimos a cama, estou na luta para encontrá-lo porque quero entregar para o pai. Quando ele veio, disse que era pedreiro e estava com um uniforme alaranjado, da empresa que ele trabalha”, finalizou.
A reportagem entrou em contato, duas vezes, com o responsável pela empresa onde o pedreiro estaria trabalhando, mas, até o momento, ele não atendeu e nem retornou as nossas ligações. Quem souber informações do pedreiro pode entrar em contato com a Letícia Espíndola, no telefone (67) 99338 – 1155.
Por G1