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Paquistão decide cortar sinal de celular para quem recusar vacina contra Covid-19

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Diante da necessidade em enfrentar a desinformação, país também determinou suspender salários de funcionários públicos que não aceitarem receber o imunizante

Preocupadas com o ritmo lento da vacinação contra o coronavírus, autoridades paquistanesas decidiram tomar medidas drásticas, incluindo o bloqueio do serviço de telefonia celular em duas províncias e a suspensão dos salários de alguns funcionários do governo que não foram vacinados. A justificativa apresentada foi a necessidade de enfrentar o profundo ceticismo tanto sobre as vacinas contra Covid-19, quanto sobre a campanha de imunização de forma mais ampla. Ainda não há informações sobre quando a medida entrará em vigor ou como será executada.

Paquistão luta há muito tempo com a desinformação sobre vacinas que se mostraram seguras e eficazes, especialmente para a poliomielite. Os pais geralmente recusam a imunização contra a poliomielite para seus filhos, acreditando falsamente que a vacina é prejudicial e parte de uma trama norte-americana para esterilizar as crianças.

Essa recusa fez do Paquistão o último refúgio para o vírus da pólio no mundo, além do vizinho Afeganistão. Mas agora as teorias da conspiração sobre os efeitos colaterais da vacina contra o coronavírus se espalharam no país.

— Ouvi dizer que as pessoas, depois de receberem a vacina do coronavírus, morrerão em dois anos — disse Ehsan Ahmed, um motorista de caminhão em Karachi. — É a razão pela qual em nossa grande família de pelo menos 25 pessoas, ninguém está disposto a se vacinar.

O governo estabeleceu uma meta de vacinar entre 45 milhões e 65 milhões de pessoas até o final deste ano e recentemente anunciou planos de gastar US $ 1,1 bilhão na aquisição de doses.

No entanto, até esta terça-feira, dia 15, o Paquistão havia vacinado com as duas doses cerca de 3 milhões de pessoas — menos de 2% de sua população — desde o início da campanha de vacinação em 3 de fevereiro, de acordo com dados do governo.

Por O Globo

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