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Ópio no Afeganistão: cultivo da papoula cresceu 37% em 2020

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O Talibã tem um desejo, e um enorme desafio, de ser aceito como poder legítimo no Afeganistão pela comunidade internacional. Sua capacidade de gerir de forma pacífica o país foi posta a prova com os atentados ao aeroporto de Cabul na quinta-feira, promovidos pelo grupo rival Estado Islâmico-K.

Mas entre os esforços mais evidentes para buscar esse reconhecimento está a promessa do Talibã, que governou entre 1996 e 2001, de erradicar a produção e o tráfico de drogas. “Acabaremos com o cultivo de ópio outra vez”, declarou na semana passada o porta-voz do grupo, Zabihullah Mujahid. “Quando estivemos no poder anteriormente, não havia produção de drogas”, disse Mujahid, contrariando dados da Organização das Nações Unidas (ONU).

Enquanto o Talibã negociava o acordo de paz com os  Estados Unidos, alcançado em fevereiro de 2020, e se articulava para retomar o poder no Afeganistão assim que os americanos deixassem o país, a produção de ópio no território afegão aumentou.

No fim do ano passado, os campos de papoula — a flor que produz a seiva que serve de matéria-prima para a fabricação de heroína e outros opiáceos, vários deles usados na medicina — ocupavam 224 mil hectares do Afeganistão, um aumento de 37% em relação ao ano anterior, de acordo com registros do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNDOC).

Via-CNN

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