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Mulher dá a luz em colchonete no chão da Maternidade de Rio Branco

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Em vídeo divulgado nas redes sociais, que teve grande repercussão, é possível ver uma mulher dando a luz em um colchonete no chão da Maternidade Bárbara Heleodora em Rio Branco.

O parto aconteceu no dia 13 de abril, mas, só agora veio à tona por meio de uma pessoa que acompanhou o drama da mãe nos momentos de aflição antes e depois de dar à luz.

No vídeo, é possível ver o momento em que a funcionária corta o cordão umbilical da criança com a mãe ainda no chão. Outra mãe aguarda o momento do parto nas mesmas condições, em um colchonete no chão da maternidade.

Foto/Reprodução: Redes Sociais

“Esta sala está sendo utilizada pelas gestantes que não têm onde colocar tanta mulher querendo parir e em sofrimento já. Elas põem essa mulher para caminhar. Os funcionários põem um balão na bexiga para a mulher e sentindo a dor do parto pra parir naturalmente. Só que a gente sabe que não é naturalmente, porque já está em sofrimento. A criança passa da hora de nascer e às vezes não dá tempo nem de chegar na sala de parto. As mulheres estão parindo no chão e tem poucos profissionais, e a assistência social some”, disse a denunciante.

A pessoa que faz a denúncia reclama da falta de preparo da direção da unidade no atendimento.
“A diretora é outra pessoa que está sendo despreparada para cumprir as necessidades que a maternidade precisa. E a pessoa que filmou esse parto esses dias, que foi nas semanas passadas, tem ocorrido demais. E essa funcionária se indignou e gravou o vídeo. Só que vazou que tinha sido ela que gravou o vídeo e ela está sendo perseguida. Eu soube que ela está sendo perseguida”, finaliza.

Uma servidora que não quer se identificar disse que a sala onde está ocorrendo esses partos não tem profissionais suficientes para atender a demanda.

“Essa sala precisa de uma escala de profissionais para acompanhar a gestante para ela ser encaminhada para a sala de parto antes de chegar na dilatação do parto. É pré, porque isso, porque essas mulheres ficavam lá fora junto com os outros até chegar na dilatação para ir para sala de parto”, disse a funcionária.

Ainda de acordo com ela, a falta de profissionais qualificados põe em risco a vida das mães que estão sofrendo durante o parto.

“Essa mulher pariu só aí com técnicos, por isso a servidora gravou, ate novembro não era assim, tem que avaliar a gestante para saber a evolução da dilatação para evitar isso, falta remédios pra dor, nos feridos não aparece ninguém da gerência lá, inclusive existe uma verba para plantão extra, mas não tem profissional para usar essa verba toda. Sobrava verba porque não tinha profissionais, o esquema é realizado colocando plantão falso com essa verba. Aí colocam os amigos dos amigos”, denuncia a servidora.

A direção da maternidade se pronunciou a respeito do fato, e divulgou uma nota de esclarecimento.

A diretora da Maternidade Bárbara Heliodora, Laura Pontes, fala que a gestante foi acolhida em um ambiente calmo (setor Doce Espera) e o parto foi assistido com a assistência possível, com profissionais capacitados e mantido a privacidade da paciente, garantindo o mínimo de conforto possível.

“Queremos informar que sim, tivemos o conhecimento desse parto, que o mês de abril está sendo atípico, muitas mulheres em trabalho de parto nos buscam e somos uma maternidade criada com uma estrutura para atender uma população bem menor que a atual e por conta disso o governo busca nesse momento construir uma outra com melhor estrutura e capacidade de atendimento!
Que nossa maternidade é pública e acolhe todas as mulheres que nos busca! Que o atendimento foi assistido por profissionais experientes! Que o momento do parto não espera e que ao ser identificado como iminente a gestante foi trazida a um ambiente mais próximo e calmo (setor Doce Espera) e assistido o parto com a assistência possível, com profissionais capacitados e mantido a privacidade da paciente, garantindo o mínimo de conforto possível! Queremos enfatizar que o processo de humanização envolve o acolhimento, a assistência a atenção, a naturalidade com que ocorre parto e que nunca será impedido de ocorrer quando chegar o momento certo! Foi o que aconteceu e que por vezes acontece nos lares e tantos outros lugares! Nós estamos de braços abertos a todas as gestantes; nossos profissionais são competentes e preparados para atendê-las e estamos a cada dia buscando melhorar a estrutura e as condições de atendimento! Temos certeza que melhoraremos! Quanto a medicação para dor, a dipirona é um medicamento que sua formulação em ampola está em falta no Brasil inteiro e já foi pauta de matérias em jornais importantes! Ainda assim temos conseguido substituí-la quando ocorre a necessidade!”

Com informações Notícias da Hora

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