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Motivada pela guerra, Dinamarca se junta à política de defesa da União Europeia

Por meio de referendo, população votou a favor de aderir à política nesta quarta (1º/6). País estava há 30 anos fora do acordo.

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Após 30 anos fora da Política Comum de Defesa e Segurança da União Europeia, os dinamarqueses votaram, nesta quarta-feira (1º/6), por meio de um referendo, a favor da adesão do país às diretrizes de segurança do bloco. Segundo a emissora pública da Dinamarca, 66,6% dos eleitores votaram a favor da participação, enquanto cerca de 34% ficaram contra.

Motivada pela invasão da Rússia à Ucrânia, a Dinamarca deixa de ser o único país da União Europeia fora do acordo de segurança. O país segue movimentações políticas das vizinhas nórdicas Suécia e Finlândia, que, também impulsionadas pelo conflito no Leste Europeu, candidataram-se recentemente para aderir à Otan.]

Com apoio do governo, de ideologia socialdemocrata, o referendo tem aceitação também de 11 dos 14 partidos do Parlamento dinamarquês.

“É uma abordagem completamente nova à Europa, que estamos sinalizando aos nossos aliados europeus e a todo o mundo”, afirmou Martin Lidegaard, ex-ministro de Relações Exteriores do país.

Já o líder do Partido Conservador, Soren Pape, disse que a decisão segue um pedido dos Estados Unidos para que o bloco europeu tome mais atitude. “Os EUA já disseram bem claramente: a Europa precisa ser mais responsável com a segurança e eu acredito que faz todo sentido participar da política em vez de sempre esperar que os EUA venham”, declarou.

Rompendo a tradição

Membro fundador da aliança, a Dinamarca rejeitou, em 1992, também por um referendo, o Tratado de Maastricht, que transformou a Comunidade Econômica Europeia na União Europeia.

O país precisou negociar um acordo para que pudesse permanecer no mercado comum, mas ficar fora da moeda única e das políticas de defesa, assuntos internos e Justiça. Dos 27 membros, a Dinamarca era o único que não integrava a Política Comum de Segurança e Defesa.

Três partidos do país, Nova Direita e Partido Popular Dinarmaquês, de extrema direita, e Lista de Unidade, de extrema esquerda, fizeram campanhas para que o país continuasse fora do acordo de defesa. Apesar disso, a maioria dos 4,2 milhões de eleitores votou a favor da participação na política de segurança.

Por Metrópoles

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