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Ministério da Saúde já fala em compra de vacinas para 2022 e negocia com a Moderna

Na esteira do recrudescimento da pandemia, Brasil vive o alerta da terceira onda com a detecção das cepas descobertas na Índia e na África do Sul em território nacional

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BRASÍLIA — Diante do novo  avanço da Covid-19 e da possível necessidade de aplicar dose de reforço, o Ministério da Saúde declarou nesta sexta-feira que tem negociado vacinas para 2022. A pasta, no entanto, ainda não estima a quantidade de imunizantes a serem adquiridos nem prevê quando os contratos devem ser assinados. Um dos laboratórios na mira é a norte-americana Moderna, mas o órgão não descarta outros.

—Nós estamos conversando com eles (Moderna). Já há uma aproximação não só com eles, mas com outros laboratórios numa possibilidade de oferta para o ano que vem — afirmou o secretário-executivo da pasta, Rodrigo Cruz, em entrevista nesta sexta.

Neste mês, a empresa de biotecnologia anunciou a eficácia do imunizante contra a variante descoberta na Índia. O resultado se baseia em estudo preliminar da NYU Grossman School of Medicine e do NYU Langone Center. Já com uma dose de reforço, aplicada em quem completou o esquema vacinal, a vacina também protegeria  contra as cepas oriundas do Brasil e da África do Sul.

O laboratório ainda não entrou com pedido de uso emergencial na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Aplicada em duas doses, a vacina usa a tecnologia do RNA mensageiro para coibir a infecção pelo novo coronavírus e o desenvolvimento de formas graves da doença. A vacina pode ser uma alternativa para  vacinar jovens a partir de 12 anos, já que é segura e eficar a partir dessa idade, segundo estudo divulgado na terça-feira.

Outra aposta do ministério é a antecipação de doses, como as 38 milhões de Janssen, braço farmacêutico da Johnson&Johnson, contratadas em março. O imunizante, administrado em dose única, pode ser uma estratégia eficaz para acelerar a imunização, barrar a  terceira onda de Covid-19 e mitigar os efeitos da crise sanitária.

No contrato assinado, a previsão de entrega é de 16,9 milhões de doses entre julho e setembro e 21,1 milhões de outubro a dezembro deste ano.

— Não há uma confirmação por parte do laboratório de antecipação dessas doses, mas é um pleito recorrente do Ministério da Saúde — disse Cruz.

Com redução de 8,4 milhões de doses, a previsão atualizada para Junho é de 43,8 milhões de doses. A principal justificativa é o atraso na produção pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por conta da falta de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA).

Via-G1

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