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Menina de 11 anos perde a perna após ser atropelada por carro alegórico no Rio

Amiga da família da criança diz que 'Raquel ficou presa, e, quando puxaram a alegoria, ela caiu'.

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A menina de 11 anos, Raquel Antunes Silva, que teve uma das pernas amputadas em um acidente um carro alegórico depois de ser esmagada entre um carro alegórico da escola Em Cima da Hora e um poste depois da dispersão na Rua Frei Caneca ontem, no Estácio, tinha sentado no carro para tirar uma foto, segundo uma amiga da mãe dela, Daiane da Costa, de 25 anos. Imagens após o acidente mostram marcas de sangue, carro alegórico arranhado e chinelos que seriam da menina.

Imagens mostram que lateral de carro alegórico que amputou perna de menina ficou amassada e arranhada

Carro alegórico da Em Cima da Hora com sinais de arranhões e amassados Foto: Felipe Grinberg

— A gente estava na pracinha na Rua Frei Caneca. Compramos lanches, e ela ficou brincando com uns coleguinhas. As crianças foram andando no sentido do carro alegórico, e ela sentou para tirar uma foto. Não viram que ela estava sentada e empurraram o carro de frente pra trás, o que imprensou a perna dela no poste. Raquel ficou presa, e, quando puxaram a alegoria, ela caiu — conta Daiane.

A amiga da família acompanhou Raquel na ambulância até o Hospital Souza Aguiar, no Centro do Rio. Ela disse que a menina teve fratura exposta e que a mãe dela, Marcela Portelinha, desmaiou diversas vezes desde o acidente e está traumatizada.

A amiga da família reclamou de falta de informações durante o procedimento médico essa noite e também de falta de assistência da escola de samba. A menina passou por uma cirurgia de mais de 8 horas de duração.

— Eles só falam que ela está estável e ainda está grave. Não estão dando notícias. A mãe dela está impossibilitada de ir ao hospital porque está traumatizada. E ninguém deu assistência. Ninguém da escola foi lá — lamentou.

O cenário

Em cima do carro ficaram os dois chinelos arrebentados que seriam da menina. Além disso, a alegoria ficou destruída no local do acidente. Elementos foram quebrados e parte do forro foi arrancada.

Muitas crianças estavam no local do acidente, o que atrapalhou o guincho do carro alegórico. Uma funcionária da Liga-RJ teve que pedir para elas se afastarem para que outro acidente não acontecesse. Duas pessoas auxiliaram o motorista do guincho a retirar a alegoria.

Investigação em andamento

A Polícia Civil informa que as investigações estão em andamento. A perícia foi realizada no local e imagens de câmeras de segurança foram coletadas e estão sendo analisadas para esclarecer o fato.

Em nota, a Prefeitura do Rio informou que “lamenta o acidente ocorrido com a menina Raquel Antunes, de 11 anos, e se solidariza com a sua família. A Secretaria Municipal de Ordem Pública vai acompanhar as investigações da Polícia Civil sobre as causas e os responsáveis por esse acidente”.

A assessoria da Em Cima da Hora afirmou que ainda não tem um posicionamento oficial e que ao longo do dia emitirá uma nota sobre o acidente. Segundo a assessoria da escola, “a agremiação está esclarecendo alguns pontos junto à Liga e às autoridades”. A escola classificou o acidente como “fatalidade” e disse estar “muito consternado e se solidariza com a família”.

Já as ligas das escolas de samba do Rio de Janeiro informaram em nota conjunta que “estão abaladas e se solidarizam com a família de Raquel Antunes. A jovem menor subiu no carro alegórico fora do sambódromo, na Rua Frei Caneca, no Estácio após deixar a área de dispersão. Prontamente, em menos de dois minutos, ela foi socorrida e levada ao Hospital Souza Aguiar, onde foi submetida a cirurgias. Equipes das Ligas e da Escola acompanham o caso na unidade hospitalar ao lado da família desde o primeiro instante e também colaboram com as autoridades.  Nesse momento, é preciso esperar a apuração da perícia e autoridades para novos esclarecimentos”.

Por O Globo

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