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Jornalista é morta em operação israelense na região da Cisjordânia

Autoridades palestinas e testemunhas afirmam que tiro partiu de tropas israelenses; chefe-militar de Israel nega.

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Durante a cobertura de uma operação israelense na cidade de Jenin, na Cisjordânia ocupada, a correspondente da Al Jazeera Shireen Abu Akleh acabou morta ao ser baleada na cabeça. Segundo outros jornalistas que estavam no local, os tiros disparados contra os profissionais teriam partido de militares de Israel.

De acordo com informações da Al Jazeera, a jornalista veterana, de 51 anos, conhecida pela cobertura que realizava no Oriente Médio, estava identificada como profissional de imprensa e vestia colete de identificação quando foi alvejada.

Um outro jornalista da Al Jazeera, chamado Ali al-Samoudi, também foi ferido, com um tiro nas costas, mas está em condição estável. Ele e outros profissionais presentes no lugar do tiroteio afirmam que não existiam combatentes palestinos no local quando foram baleados.

Isso contesta a versão do tenente-general Aviv Kohavi, chefe militar do exército de Israel, que confirmou a operação no local onde a jornalista foi morta, mas disse não ser possível saber de onde havia saído a bala que matou Shireen Abu Akleh.

“A primeira bala me atingiu e a segunda bala atingiu Shireen. Não havia resistência militar palestina no local”, disse Ali al-Samoudi à Al Jazeera.

A morte de Shireen Abu Akleh engrossa uma triste estatística de profissionais de imprensa mortos em coberturas de conflitos no Oriente Médio. Somente a Al Jazeera, fundada em 1996, perdeu 12 jornalistas mortos enquanto trabalhavam.

Após o caso, o escritório de direitos humanos da ONU utilizou o Twitter para exigir uma investigação transparente sobre a morte da jornalista. “Estamos chocados com o assassinato da jornalista Shireen Abu Akleh enquanto cobria uma operação militar israelense em Jenin, na Palestina. Nosso escritório está no local verificando os fatos. Pedimos uma investigação independente e transparente sobre seu assassinato. A impunidade deve acabar.”

Por Metrópoles

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