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Grávida de 7 meses morre vítima da Covid-19 em Rio Branco; bebê também não resistiu

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Kammilla kerly, de 30 anos, ficou internada por três dias no hospital de Brasileia, mas depois teve alta. Ainda com sintomas fortes, marido resolveu levá-la para a maternidade na capital, aonde ela morreu menos de 24h depois de dar entrada na unidade de saúde.

A tão sonhada gravidez do terceiro filho da professora Kammilla kerly da Silva Araújo, de 30 anos, foi interrompida pela Covid-19, na última quinta-feira (6). Ela está entre as mais de 1,5 mil vítimas da doença no Acre. O bebê dela também não resistiu.

A criança ainda chegou a ser retirada da barriga em uma cesariana de emergência e, como estava sem batimentos cardíacos, foi levada para o setor neonatal, mas não foi possível reanimá-la.

A professora chegou a ficar internada por três dias no hospital de Brasileia, cidade em que vivia com a família no interior do Acre, mas depois teve alta e voltou para casa. Ainda com sintomas fortes, a família achou melhor levá-la para Maternidade Bárbara Heliodora, em Rio Branco, aonde ela morreu menos de 24h depois de dar entrada.

Ainda muito abalado, o marido de Kammilla, Marcos Paulo, conta que esse seria o primeiro filho do casal, que estava junto há cerca de dois anos, e que ela tinha outros dois filhos, de 4 e 9 anos. A gravidez foi sonhada e planejada pelo casal e o bebê, já muito amado por toda a família, se chamava Beijamin.

Esse era o primeiro filho do casal que estava junto há cerca de dois anos; professora deixa dois filhos — Foto: Arquivo pessoal

Esse era o primeiro filho do casal que estava junto há cerca de dois anos; professora deixa dois filhos — Foto: Arquivo pessoal

Batalha contra a doença

Há cerca de um mês, a professora travou uma verdadeira batalha contra a Covid-19. Ela começou a apresentar os sintomas da doença, como febre, dor no corpo e tosse e foi levada para a unidade de saúde da cidade.

O primeiro exame deu negativo e somente no último dia 25 de abril foi que ela testou positivo para infecção pelo novo coronavírus. Foi então que ficou internada no hospital de cidade de Brasileia.

O marido contou que ela teve alta e que foi informado que ela já não estava mais com a doença. Mas, ao chegar em casa, os sintomas não melhoravam e ela continuava tossindo muito e se sentindo mal. A família acredita que se ela tivesse tido o diagnóstico mais rápido e o tratamento iniciado logo, talvez teria resistido.

“Essa gravidez era a alegria dela, foi uma animação muito grande quando soubemos que ela estava grávida. Mas, há um mês, nós ficamos nessa batalha. Quando ela chegou na maternidade, estava muito mal, com a saturação muito baixa e foi logo internada. Em seguida, deu uma melhorada, mas de uma hora para outra ela descompensou totalmente. Acredito que se ela tivesse sido tratada da forma que merecia, com tratamento adequado, por estar grávida, ela estava aqui do meu lado hoje.”

A perda repentina da esposa deixou Marcos sem chão. Ele lembrou de como ela era e disse que a todos na cidade ficaram muito comovidos com a situação. “Minha esposa se dava bem com todo mundo, por onde andava cativava a todos, mulher alegre, dedicada, uma mãe excelente. Uma mulher vista por todos como um anjo.”

A Prefeitura de Brasileia lamentou a morte da professora. “Kammilla era casada com o jovem Marcos Paulo deixa um casal de filhos de 4 e 9 anos. Que Deus conforte a família, amigos e colegas enlutados, e que as boas lembranças sempre ilustrem nossos pensamentos. Descanse em paz.”

Por: G1 ACRE

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