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Fiocruz: casos graves de síndrome respiratória por Covid-19 começam a apresentar tendência de queda

Novo boletim InfoGripe mostra que ocorrências, causadas em sua maioria pelo novo coronavírus, estão em ritmo de declínio ou estabilidade na maioria das regiões do Brasil.

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A nova edição do boletim InfoGripe Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira, aponta para o início de uma tendência de queda nos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no país, provocados no momento em sua maioria pela Covid-19. O último relatório havia indicado uma estabilidade das ocorrências, que agora começam a declinar.

“De maneira geral, a atualização aponta para queda no número de casos de SRAG nas tendências de longo prazo (últimas seis semanas) e de curto prazo (últimas três semanas)”, escreveram os responsáveis pelo documento.

No entanto, o cenário apresenta diferenças na análise regional. Estados do Sudeste, Sul e Centro-Oeste, que haviam parado de apresentar crescimento no último relatório, deram início à queda. Porém, há ainda uma manutenção no aumento de casos em estados da região Norte. No Nordeste, foi observada uma interrupção do crescimento, indicando estabilidade.

Eficácia das vacinas

Nas últimas quatro semanas, a Covid-19 foi responsável por 79,4% dos casos de SRAG e 94,9% dos óbitos. As demais ocorrências foram relacionadas à Influenza A e à Influenza B, agentes causadores da gripe, e ao vírus sincicial respiratório (VSR). Este último, que é geralmente o predominante entre crianças de 0 a 4 anos, também foi desbancado pelo coronavírus nesta faixa etária.

Os pesquisadores estimaram ainda os registros por faixa etária e esquema vacinal, o que comprovou a alta eficácia das vacinas e das doses de reforço para prevenir internações. Entre os acima de 80 anos, por exemplo, o número de pessoas com SRAG foi quase o dobro entre os não vacinados em comparação com aqueles que receberam o reforço. Para os pequenos de 5 a 11 anos, o grupo que recebeu uma ou duas doses da vacina registrou menos da metade de casos graves pela doença que aqueles não imunizados.

Essa relação foi ainda mais alta em outras faixas etárias. Entre os de 50 a 59 anos, a incidência de casos graves entre quem não recebeu nenhuma dose dos imunizantes é mais que o triplo daquela observada entre quem se vacinou com o reforço. Para os adolescentes de 12 a 17 anos, que passaram a ter a terceira aplicação indicada pelo Ministério da Saúde, o número de pacientes com casos graves de Covid-19 chega a ser 10 vezes maior entre os não vacinados comparado aos que receberam a dose extra.

“As vacinas ajudaram e continuam ajudando a reduzir significativamente o risco de agravamento da Covid, que pode ser cerca de duas vezes maior a depender da faixa etária e status vacinal. A proteção, inclusive, aumenta ainda mais em quem já está com alguma dose de reforço”, explica o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, em comunicado.

Com informações via O Globo

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