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Filho de Doria diz a empresários durante evento fechado: ‘Quem se sentir à vontade pode tirar máscara’

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João Doria Neto, empresário e filho do governador do estado de São Paulo, afirmou durante evento na manhã desta quinta-feira (21) que o uso de máscara em prevenção à Covid-19 era opcional no ambiente, já que “a maioria” dos presentes havia apresentado comprovante de vacinação ou teste negativo contra a doença.

“Acho que boa parte, a maioria, trouxe seu comprovante de vacinação ou PCR negativo. Quem se sentir à vontade de tirar a máscara, pode tirar. Todos da equipe Grupo Doria e Lide foram testados ou apresentaram a carteira de vacinação”, disse Neto.

João Doria, governador do estado de São Paulo, durante evento empresarial nesta quinta-feira (21) — Foto: Reprodução/Lide

João Doria, governador do estado de São Paulo, durante evento empresarial nesta quinta-feira (21) — Foto: Reprodução/Lide

Após a colocação do filho, Doria se dirigiu ao púlpito e iniciou seu discurso no fórum. O tucano citou dados econômicos do estado governado por ele e disse que, ao promover reformas, estava na contramão do populismo.

“Os políticos a quem respeito diziam: ‘Não faça reformas em ano par. Ano de eleição não é para fazer reformas’. Não estou aqui para fazer populismo. Se fosse populista, não tínhamos decretado a primeira quarentena do país”, disse.

“Não teríamos decretado a primeira lei tornando obrigatório o uso de máscaras – aliás, lembro que o uso de máscara é obrigatório até o dia 31 de dezembro aqui em São Paulo”, completou Doria.

Em nota, o Lide informou que “todos os eventos do LIDE – Grupo de Líderes Empresarias seguem rígidos protocolos sanitários de segurança, em conformidade com as autoridades de saúde. O uso da máscara é obrigatório e não há exceções. Há distanciamento entre os expositores e ocupantes da plateia, higienização dos ambientes nos intervalos, álcool em gel em abundância, máscaras reservas e cuidado redobrado em todas as atividades e ações. Os participantes do 20º Fórum Empresarial LIDE, inclusive imprensa e colaboradores, tiveram que apresentar certificado de vacinação ou realizaram, no momento do credenciamento, teste para detecção de Covid-19”.

João Doria Neto, filho do governador de São Paulo e diretor do Grupo Doria, durante evento empresarial nesta quinta-feira (21) — Foto: Reprodução/Lide

João Doria Neto, filho do governador de São Paulo e diretor do Grupo Doria, durante evento empresarial nesta quinta-feira (21) — Foto: Reprodução/Lide

Decisão do comitê científico do governo

O comitê científico de saúde que assessora o governo de São Paulo propôs, na última quarta-feira (20), que o uso das máscaras de proteção contra o coronavírus continue obrigatório em alguns ambientes mesmo após a pandemia.

Segundo o coordenador executivo do grupo, João Gabbardo, a medida será sugerida porque as máscaras também ajudam a proteger contra outras doenças contagiosas.

“O comitê científico vai propor que, em determinadas situações, mesmo após a pandemia, o uso das máscaras seja obrigatório. Um exemplo: ambiente hospitalar. Esse estudo do uso da máscara está bastante adiantado e, nos próximos dias, o governo vai poder apresentar”, disse Gabbardo em coletiva de imprensa.

O coordenador também voltou a defender que, mesmo com indicadores melhores, ainda é necessário manter o uso do item de proteção em todos os locais.

“Não é o momento de nós flexibilizarmos a utilização das máscaras, apesar de os números estarem tão positivos. Porque nós estamos passando nesse momento por flexibilizações importantes: volta às aulas com presença obrigatória dos alunos, presença de público nos espetáculos, redução da medida de distanciamento de um metro. Então precisamos acompanhar qual será o impacto dessas modificações nos nossos indicadores.”

No início de outubro, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) divulgou uma nota na qual também defende a manutenção da obrigatoriedade do uso de máscaras no Brasil.

No documento, o órgão ressalta que o afrouxamento de medidas de controle está diretamente relacionado ao aumento do número de casos de coronavírus, como ocorreu em outros países.

“É preciso que estejamos atentos às experiências frustrantes de alguns países que, acreditando ter superado os riscos, suspenderam a obrigatoriedade do uso de máscaras, afrouxaram as medidas de prevenção e, por isso mesmo, tiveram recrudescimento importante do número de casos e de óbitos, obrigando-os a retroceder”, diz a nota.

Isso porque, como a médica infectologista Luana Araújo disse em vídeo gravado para o g1, “a vacina tem boa eficácia em evitar que a sua doença acabe se agravando e você precise até de hospitalização, mas ela não tem tão boa eficácia em evitar que você se contamine”.

Pessoas usam máscara de proteção como medida de combate a disseminação do novo coronavírus (covid-19), na região central de São Paulo, na manhã desta quarta- feira, 15. — Foto: NELSON ANTOINE/ESTADÃO CONTEÚDO

Pessoas usam máscara de proteção como medida de combate a disseminação do novo coronavírus (covid-19), na região central de São Paulo, na manhã desta quarta- feira, 15. — Foto: NELSON ANTOINE/ESTADÃO CONTEÚDO

Via-G1

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