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Estudo indica que megalodonte foi extinto em ‘guerra pré-histórica por comida’

Espécie disputou alimentos com tubarões, diz estudo. Análise de 13 dentes fossilizados sugere que os animais já tiveram posições semelhantes na cadeia alimentar.

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Um estudo feito por pesquisadores da Universidade Johannes Gutenberg, em Mainz, na Alemanha, apontou que uma “guerra pré-histórica por comida” pode ter sido determinante para a extinção do megalodonte, maior espécie de tubarão já existente. A pesquisa, feita com os dentes fósseis do animal, revelou que ele teria passado a competir com o tubarão branco, há três milhões de anos, em um momento em que a “oferta” de baleias (principal refeição de ambas as espécies à época) e outras presas estaria reduzida.

Segundo a BBC, além da disputa no fundo do mar, mudanças climáticas, como a redução no nível dos oceanos, também teriam acelerado o processo. A extinção da espécie é um dos maiores mistérios sobre desaparecimento de animais.

No estudo mais recente sobre o fenômeno, pesquisadores usaram isótopos de zinco nos dentes de tubarões vivos e extintos como ferramenta para entender a dieta da espécie, extinta há séculos. Evidências químicas coletadas dessas amostras e de 13 dentes de fósseis de megalodontes sugerem que ambos já tiveram posições semelhantes na cadeia alimentar, podendo ter competido pelo mesmo alimento, incluindo baleias, golfinhos e botos.

— Esta é uma peça do quebra-cabeça da evidência de que havia competição entre o tubarão-branco e o megalodonte em recursos alimentares aquáticos nos oceanos na época em que ambos ainda estavam vivos — contou o professor Thomas Tutken, que liderou o estudo.

Três vezes maior que o tubarão-branco, o megalodonte podia chegar a medir até 18 metros de comprimento e pesar até 60 toneladas. O “gigante” voltou ao noticiário recentemente, após um menino de seis anos encontrar um dente de um exemplar da espécie em Suffolk, na Inglaterra.

— O mistério sobre o que o megalodonte comeu e até que ponto ele competiu com outros tubarões permanece — aponta a pesquisadora Catalina Pimiento, da Universidade de Swansea, afirmando que a extinção foi estudada por “muitos ângulos diferentes” na última década, com estudos sugerindo vários fatores para o fenômeno.

Por O Globo

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