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Estudo diz que vacina já evitou 40 mil mortes no Brasil

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Concordando com os dados da Secretaria de Saúde do Acre, o avanço da campanha de vacinação contra a Covid-19 está associado a quedas progressivas na proporção de mortes de idosos por coronavírus no Brasil, segundo novas estimativas divulgadas nessa quinta-feira (17) em estudo realizado pelo Centro de Pesquisas Epidemiológicas da Universidade Federal de Pelotas em parceria com a Universidade Harvard e o Ministério da Saúde.

No Acre, não se estimou o número de mortes evitadas mas os casos caíram drasticamente após a 1ª dose.

Os níveis nacionais de cobertura com a primeira dose da vacina alcançaram metade dos idosos de 80 anos ou mais na primeira quinzena de fevereiro e superaram os 80% na quinzena seguinte, estabilizando-se em torno de 95% a partir de março. Em paralelo, o percentual de mortes de idosos caiu de 28% do total de óbitos por Covid-19, em janeiro, para 12%, em maio, com início de queda acentuada a partir da segunda metade de fevereiro. A proporção de mortes nesse grupo por causas não relacionadas à Covid-19 permaneceu estável em quase 30% no mesmo período.

Para as pessoas de 70 a 79 anos, a cobertura vacinal com a primeira dose atingiu metade da população nessa faixa etária na última semana de março, alcançando 90% na primeira metade de maio. A proporção de mortes por Covid-19 nesse grupo permaneceu em torno de 25% do total de óbitos pela doença até a segunda semana de abril.

A partir daí, começou a diminuir acentuadamente, chegando a 16% na última semana de maio. Entre esses idosos, a proporção de mortes por outras causas permaneceu estável em pouco mais de 20% do total de mortes por causas não relacionadas à Covid-19.

Os pesquisadores estimam que o avanço da vacinação seja responsável pela prevenção de mais de 40 mil mortes de idosos em um intervalo de trezes semanas no Brasil.

Segundo os cálculos, se o número de mortes entre os mais idosos houvesse seguido a mesma tendência observada para os brasileiros mais jovens, seriam esperadas 70.015 mortes de pessoas de 80 anos ou mais contra 37.401 registradas no período. Entre as pessoas de 70 a 79 anos, a expectativa de óbitos seria de 20.238 contra 13.838 registrados. Somando as estimativas para ambas as faixas etárias, foram evitadas as mortes de 43.082 idosos no país.

Por Edmilson Ferreira

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