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Estudante de medicina conta terror ao ver amigo agonizando enquanto sargento lhe apontava arma

“Ele tem que morrer, a gente mata mesmo!", teria dito esposa de sargento, sempre com a arma em punho

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O estudante de medicina Kaik, de 25 anos, contou ao ContilNet o terror que viveu na noite deste sábado (27), no bar QIV, em Epitaciolândia, quando seu amigo que também estuda medicina, Flávio Endrewis de Jesus, de 31 anos, foi baleado por um sargento da Polícia Militar do Acre.

Flávio foi atingido por dois disparos e ainda recebeu vários chutes e teve uma garrafa quebrada em sua cabeça. A vítima teve também dois dentes quebrados após sofrer os atos de violência praticados pelo sargento da PM Erisson Neri, que estava no estabelecimento comercial acompanhado de suas duas esposas, a também sargento da PM Alda Neri e a administradora Darlene Oliveira.

“Assim que ele atingiu meu amigo corri para ajudá-lo, mas o sargento veio pra cima de mim perguntando seu eu querida morrer também. Fiquei apavorado ao ver meu amigo agonizando no chão e aquele homem com arma em punho apontando para quem chegasse perto dele”, conta Kaik ao ContilNet.

De acordo com um amigo de Kaik, de nome Arthur, que também estava no bar, uma das esposas do sargento Erisson conseguiu tomar a arma de sua mão, e com ela em punho, saiu ameaçando as pessoas e fez pelo menos dois disparos dentro do bar onde estavam dezenas de pessoas.

O motivo da briga

Kaik disse que quando chegou no bar de nome QIV, o sargento estava em uma mesa com suas duas esposas. “Quando eu cheguei olhei para a mesa onde eles estavam porque uma amiga havia me dito que o sargento estava bravo, criando confusão com meus colegas. Ele me encarou e perguntou: tá me encarando por que, está ficando doido? Daí começou a me xingar. Meu amigo Flávio falou alguma coisa e uma das mulheres do policial levantou e foi pra cima do Flávio e bateu na cara dele, dai ele deu um empurrão e ela caiu no chão. Foi quando o policial levantou e disse: ‘Você bateu na minha mulher? Vou te matar!’”, teria dito o policial Erisson.

Kaik disse que seu amigo Arthur levou Flávio para fora do bar, mas o policial foi atrás deles com arma em punho e começou a fazer disparos. “Ele atirou no Arthur, que estava protegendo seu amigo, mas os disparos acabaram atingindo o Flávio. Depois que a vítima estava caída no asfalto o policial veio e fez mais dois disparos, e também lhe desferiu vários chutes e ainda quebrou uma garrafa em sua cabeça”, conta Arthur.

Enquanto o sargento Erisson aterrorizava as pessoas fora do bar, uma de suas esposas, Darlene, também causava pânico dentro do estabelecimento.

Arthur disse que as pessoas pediam para a administradora Darlene se conter, mas ela dizia que Flávio tinha que morrer. “Ele tem que morrer, a gente mata mesmo!”, teria dito Darlene sempre com a arma em punho.

Kaik e Arthur estarão registrando boletim de ocorrência na delegacia de Epitaciolândia na manhã deste domingo (28) para denunciar o sargento Erisson e a administradora Darlene.

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