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Entrevista: russo que mora em Cruzeiro do Sul fala sobre o conflito na Ucrânia e das dificuldades enfrentadas

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O russo, Platon Stupnikov, natural de Moscou, veio para Cruzeiro do Sul há seis meses atrás para trabalhar com seu irmão na aldeia indígena Nomanawa, da etnia Katukina. Em entrevista à TV e Rádio Juruá, ele falou da Guerra na Ucrânia e dos prejuízos para todos os envolvidos e países nesse período.

Ele diz que ambos os países estão aproveitando a situação para alcançar seus objetivos políticos, o que traz muito problema para a Ucrânia.

Para ele, civis americanos e russos também tem culpa nesse conflito, por terem instigado ambos governos a piorarem a situação — e serem mais agressivos. Além de não concordar com a guerra, Platon trabalha pela saúde e diz não precisar de conflito.

Ele afirma que vai demorar muitos anos para as nações se restabelecerem economicamente, e eu enfatiza as muitas perdas que aconteceram naquele momento, em especial de mulheres e crianças. Platon conta que povos russos e americanos deveriam instigar seus governos e pararem com os conflitos, e não pela destruição de outra nação.

Ele diz que gosta do Brasil, porque aqui não há esse tipo de conflito, além de ser uma nação calma e bonita. Tudo isso o fez investir e vir morar no Acre, onde trabalha com massoterapia e outros procedimentos terapêuticos na aldeia Nomanawa (Katukina). Ele e o irmão já investiram mais de 800 mil reais na comunidade — construção de casas, sistema de luz solar, poço artesiano, mantimentos, etc.

Segundo Platon, as sanções impostas à Rússia ainda não afetaram muito o povo russo, pois a população já lida com sanções desde a invasão à Crimeia. Que mesmo agora, com sanções mais radicais, a guerra ainda é recente e que os reflexos econômicos ainda vão demorar para chegar.

No fim da conversa com o jornalista Genival Moura, Platon agradece a hospitalidade do povo brasileiro, e em principal, o povo da Amazônia.

Redação Juruá Online

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