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Em meio a protestos e greve, Gladson diz que tenta soluções e que não pode prejudicar folha de pagamento

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Em Brasília, o governador conversou com a Rede Amazônica, quando falou sobre as reivindicações e afirmou que tenta soluções, mas que não pode ultrapassar o teto da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) do estado e nem prejudicar a folha de pagamento dos servidores.

Além de enfrentar a crise causada pela pandemia do novo coronavírus, o governador Gladson Cameli (Progressistas), encara ainda no seu terceiro ano de mandato uma greve da educação, e vários protestos de servidores da saúde e militares no Acre que pedem melhores condições de trabalho e reajuste salarial.

Em Brasília, nessa segunda-feira (31), o governador conversou com a Rede Amazônica, quando falou sobre estas reivindicações e afirmou que tenta soluções, mas que não pode ultrapassar o teto da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) do estado e nem prejudicar a folha de pagamento dos servidores.

Em greve, servidores acamparam dentro da Secretaria de Educação para cobrar providências no Acre — Foto: Eldérico Silva/Rede Amazônica

Em greve, servidores acamparam dentro da Secretaria de Educação para cobrar providências no Acre — Foto: Eldérico Silva/Rede Amazônica

Greve da educação

Com a educação do estado em greve desde o dia 13 de maio, Cameli disse que está trabalhando para tentar encontrar um meio jurídico para atender as reivindicações da categoria que pede a reformulação do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) e o reajuste no piso salarial.

“Eu, agora mesmo, dia 4, estou pagando a VDP de todos os professores e de profissionais da educação. Estamos sinalizando para tentar achar mecanismos jurídicos para que não venha ter impacto na LRF para não só atendê-los, mas, facilitar também as condições de trabalho dos nossos mestres. Porque educação é a prioridade nossa como deve ser a prioridade de todos os governos”, falou.

Militares fazem carreata e pedem reestruturação de carreira e realinhamento salarial no AC — Foto: Arquivo/AME-AC

Militares fazem carreata e pedem reestruturação de carreira e realinhamento salarial no AC — Foto: Arquivo/AME-AC

Titulação dos militares

Além da greve da educação, os militares do Corpo de Bombeiros (CBM-AC) e Polícia Militar (PM-AC) se reuniram em uma carreata, no final da tarde dessa segunda-feira (31), em Rio Branco, onde eles pediam ao governo do estado pela reestruturação de carreira e realinhamento salarial da categoria.

No ato, os manifestantes levaram um bolo como referência ao não cumprimento da promessa de titulação feita na campanha eleitoral de 2018.

O governador não informou datas, mas reconheceu que é um compromisso dele que deve anunciar novidades para a categoria.

“É uma pauta que houve o compromisso de minha parte, mas, devido a pandemia, nós tivemos que suspender algumas ações imediatas que iríamos tomar. A titulação é uma delas que, devido a questão financeira, porque eu não posso colocar em risco a folha de pagamento, mas, é um compromisso que eu tenho com os policiais militares, que logo, logo vamos ter novidades para os servidores e, principalmente, para as nossas polícias porque são os que fazem a nossa segurança”.

Cadastro de reserva da Polícia Civil pede convocação — Foto: Arquivo pessoal

Cadastro de reserva da Polícia Civil pede convocação — Foto: Arquivo pessoal

Cadastro de reserva da Polícia Civil

Outra manifestação que durou mais de 10 dias, foi o do grupo de aprovados no cadastro de reserva do concurso da Polícia Civil de 2017, que ficou acampado em frente a Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), desde o dia 17 de maio até a sexta-feira (28). Eles deixaram o local após uma conversa com o governador Gladson Cameli.

Este foi um compromisso de campanha de Cameli, que afirmou, nessa segunda, que também está tratando do assunto com sua equipe para tentar encontrar uma saída jurídica para apresentar uma alternativa.

“Pedi a eles para que a gente pudesse entrar no meio termo, era que olhassem o edital, aquilo que a lei prevê, levar em consideração a pandemia e a LRF que o Acre está acima e eu preciso equilibrar as contas para que a gente possa, juridicamente, achar estes mecanismos. Não fui eu quem fiz o concurso, mas a responsabilidade é minha, e o estado precisa contratar novos policiais para nos defender. É uma situação que a nossa equipe está verificando uma alternativa jurídica para que logo a gente ache a melhor alternativa”, pontuou.

Ainda no mês de maio, um grupo de enfermeiros fez uma carreata pela aprovação do Projeto de Lei 2.564/2020, que tramita no Senado Federal, e institui o piso salarial nacional para a categoria.

Agenda em Brasília

Cumprindo agenda em Brasília, o governador se reuniu, na segunda, com a Ministra da Agricultura, Tereza Cristina.

“Muito positivo [o encontro], antes de vir aqui no ministério estivemos, no Palácio do Planalto, que era pra ver a liberação de recursos para o nosso estado que o pagamento, como por exemplo dos equipamentos que já chegaram, para mais de 110 máquinas. E aqui agradecer o empenho que o ministério está nos ajudando na livre vacinação da febre aftosa no Acre para que a gente possa cada vez mais passar segurança para quem queira investir no agronegócio e fortalecer a exportação com os países andinos usando a nossa fronteira”, concluiu.

Por Alcinete Gadelha

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