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Congresso dos EUA aprova projeto de lei de US$ 430 bilhões para combater mudanças climáticas e inflação

Pacote proposto por governo de Biden é maior da história dos Estados Unidos para lidar com aquecimento global.

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O Congresso dos Estados Unidos aprovou nesta sexta-feira (12) um projeto de lei de US$ 430 bilhões para combater as mudanças climáticas e a inflação. O pacote também busca reduzir o custo de medicamentos prescritos, aumentar os impostos sobre algumas corporações e reduzir o déficit econômico do país.

A Câmara dos Deputados votou 220-207 para aprovar a medida intitulada “Lei de Redução da Inflação” e enviá-la ao presidente Joe Biden. No domingo (7), o Senado aprovou a legislação após 27 horas de sessão.

A lei permitirá que o Medicare (seguro de saúde do governo dos EUA) negocie preços mais baixos de medicamentos para idosos. A ideia é impedir que cerca de 13 milhões de norte-americanos de baixa e média renda sejam impactados por aumentos previstos para o ano que vem.

O pacote, que destina US$ 370 bilhões para combater as mudanças climáticas, é o maior já aprovado para lidar com aquecimento global na história do país. O texto é a versão final da lei Build Back Better (“Reconstruir Melhor”, em tradução livre), proposta por Biden ainda durante a campanha eleitoral e cujo foco é justamente o clima.

Grupos empresariais tiveram uma reação mista à legislação, que oferece a perspectiva de maiores impostos para algumas empresas e, ao mesmo tempo, protege a indústria de combustíveis fósseis.

Uma pesquisa Reuters/Ipsos realizada nos dias 3 e 4 de agosto revelou que quase metade dos norte-americanos apoia a legislação climática e de preços de medicamentos. De acordo com o estudo, 69% dos democratas e 34% dos republicanos se declararam favoráveis ao pacote.

“É uma vitória retumbante para as famílias americanas”, declarou Nancy Pelosi, presidente da Câmara pouco antes da votação, descrevendo a legislação como “um pacote robusto de corte de custos que atende ao momento, garantindo que nossas famílias prosperem e que nosso planeta sobreviva”.

Os democratas esperam que a legislação os ajude nas urnas em novembro, quando os eleitores decidirem o equilíbrio de poder no Congresso antes das eleições presidenciais de 2024. Os republicanos são os favoritos para conquistar a maioria na Câmara e também podem assumir o controle do Senado.

O Partido Republicano, entretanto, se opõem à legislação e afirma que ela acabará com empregos ao aumentar as contas de impostos corporativos, alimentará ainda mais a inflação com gastos do governo e inibirá o desenvolvimento de novos medicamentos.

“Os democratas mais do que qualquer outra maioria na história são viciados em gastar o dinheiro de outras pessoas, independentemente do que nós, como país, podemos pagar”, disse o líder republicano na Câmara, Kevin McCarthy, em um discurso no plenário.

Com informações g1

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