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Com servidores em greve, secretaria de Educação do Acre adia início do ano letivo para dia 11 de abril

Aulas da rede pública estadual iriam iniciar na próxima segunda-feira (4), mas foram adiadas por conta da greve de mais de um mês dos professores.

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A Secretaria de Educação, Cultura e Esportes do Acre (SEE) anunciou nesta quarta-feira (30) que as aulas da rede pública, previstas para iniciar na próxima segunda (4), foram adiadas para o dia 11 de abril. O motivo é a paralisação dos servidores da pasta por melhorias salariais, concurso público e outras reivindicações.

A categoria iniciou o movimento grevista no dia 16 de fevereiro.

A SEE divulgou um comunicado sobre o adiamento. “[…] em virtude da greve dos professores, que impediu a realização dos encontros de capacitação e de outras atividades de planejamento pedagógico consideradas essenciais, o início do ano letivo 2022 foi reprogramado para o próximo dia 11 de abril”, diz o aviso.

As aulas presenciais foram suspensas no dia 17 de março de 2020, na semana em que o Acre confirmou os três primeiros casos de Covid-19. A partir de então, os alunos tiveram acesso ao conteúdo escolar pela internet por videoaula, pelo rádio com audioaulas, pela televisão e também com o material impresso disponibilizado nas escolas.

Em janeiro desse ano, a SEE divulgou o calendário escolar com início das atividades em abril. A previsão é de voltar com as aulas 100% presenciais nas escolas. Contudo, a assessoria de comunicação da Educação destacou, nesta quarta, que o Comitê Covid fará uma nova reunião antes do início do ano letivo para definir o formato das aulas.

O calendário letivo de 2021 encerrou as aulas no dia 3 de fevereiro. Já as aulas das escolas de ensino médio ou de ensino integral, que têm a carga horária de 5h ou 7h diárias, respectivamente, foram concluídas em 23 de dezembro do ano passado.

Greve no Acre

Entre as principais reivindicações da categoria estão a Reformulação do Plano de Cargos e Carreiras do estado (PCCR) e a realização de concurso público estadual.

No dia 11 de março, o governo anunciou um reajuste de 5,42% para servidores públicos ativos e inativos do estado e também o reajuste do salário equiparado ao piso nacional no valor de 33,24%, além do auxílio alimentação mensal para os servidores ativos da SEE de R$ 420.

Porém, a categoria rejeitou a proposta e seguiu com a greve. No início do mês, o grupo chegou a ocupar a sede da Secretaria Estadual de Educação (SEE), em Rio Branco.

Sem um consenso entre os servidores e o governo, os manifestantes se reuniram na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) no dia 22 de março para pedir apoio dos parlamentares, após o governo entregar uma proposta reestruturação da carreira, mas a categoria não aceitou.

Nesta quarta, novamente, a categoria esteve presente na Aleac para pedir apoio dos deputados. A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), Rosana Nascimento, disse que o governo manteve a proposta de reajuste de 5,42% no salário.

“Disseram assim: ‘essa é nossa proposta, se quiserem fiquem com isso e se estão achando ruim procure a Justiça’. O tratamento tem sido esse, a gente vai persistir para ver se avançamos com os deputados. A greve continua, vamos continuar de plantão na Aleac, não dar ouvido à secretária que tem convocado nossa catetoria”, afirmou.

Proposta do governo

Além do benefício geral que vai ser pago a todos os servidores de reajuste de 5,42% no salário, o governo também anunciou o pagamento de benefícios para a educação e saúde estadual, que estão em greve.

Com relação aos profissionais da educação, o governo, que chegou a fazer uma consulta ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) e recebeu parecer favorável, vai conceder o reajuste equiparado ao piso nacional no valor de 33,24%. Além do auxílio alimentação mensal para os servidores ativos da SEE de R$ 420.

Servidores estaduais pedem:

  • Reformulação do plano de cargos e carreiras do estado;
  • Concurso público estadual;
  • Prestação de conta da Secretaria Estadual de Educação;
  • Adesão do piso nacional para os professore, que é de R$3.800 para 40 horas;
  • Salário mínimo

Por G1

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