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Com depoimentos e vivências de anônimos, ator do AC leva aos palcos espetáculo que aborda a saúde mental

Daniel Scarcello diz que ‘Cabo de Guerra’ é inspirado em situações vivenciadas por ele e por anônimos. Espetáculo está em cartaz nos dias 2, 3, 8, 9, 10, 15, 16 e 17 no Teatro de Arena do Sesc-Centro, na capital.

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Foto: Felipe Barbosa

Entender o que se passa na cabeça de uma pessoa, de um amigo, familiar, é difícil, mas você já tentou se entender? Já questionou seus atos, experiências, medos e desejos? Pois é, foi baseado nesses sentimentos e inseguranças do dia a dia, e que podem levar uma pessoa a sair de si, que o ator e jornalista Daniel Scarcello resolveu escrever o espetáculo Cabo de Guerra, que aborda a saúde mental.

O espetáculo, que é inspirado em vivências reais do ator e de anônimos, está em cartaz nos dias 2, 3, 8, 9, 10, 15, 16 e 17 de abril, às 19h30, no Teatro de Arena do Sesc, no Centro de Rio Branco. Os ingressos custam R$20 e R$10 (meia).

“Cabo de Guerra” aborda a história do jovem Lucas que, em seu quarto, luta contra dores físicas que despertam medos, angústias e ansiedade. Ao tentar lidar com seus medos e incertezas, ele compartilha depoimentos de outras pessoas que abordam difíceis experiências mentais. Lucas leva os espectadores a refletirem sobre como cada um lida com seus conflitos internos e externos.

Espetáculo marca o retorno do artista Daniel Scarcello aos palcos — Foto: Felipe Barbosa/Arquivo pessoal

Espetáculo marca o retorno do artista Daniel Scarcello aos palcos — Foto: Felipe Barbosa/Arquivo pessoal

Scarcello conta que a ideia de criar o trabalho começou há quase dois anos e nesse período ele escreveu versos, textos e ideias que acabaram se unindo aos depoimentos que colheu ainda em 2021. O ator fala que a peça marca seu retorno aos palcos desde à pandemia e o desafio de apresentar seu primeiro trabalho solo.

“Espero que a peça possa transformar as pessoas e trazer reflexões ou pelo menos um despertar para esse tema tão importante, que é a saúde mental, para esse cuidado com a mente. É uma reflexão, porque nós somos educados desde criança para pensar e exercitar o corpo, cuidar do corpo, e a gente esquece da mente, que também faz parte do corpo, a gente não é ensinado a lidar com as nossas emoções, nossos pensamentos, sentimentos, pelo contrário, a gente é ensinado a reprimir.”

O artista fala também que muitas pessoas às vezes têm medo de admitir que estão com alguma angústia.

“Quando a gente fala de saúde mental, muitas vezes as pessoas associam à loucura, a algo extremo, mas é muito mais simples do que algo já mais avançado. A peça fala sobre os momentos do dia a dia que a gente vive, que a gente passa, percebe, e nem consegue diagnosticar o que está sentindo. Às vezes a gente tem uma crise de ansiedade e não se sente a vontade de falar para a família, um amigo e não consegue dizer o que está sentindo, não consegue se expressar e lidar bem, ficar bem com aquilo que está em nossa volta. Essa peça serve para isso, para uma reflexão interior”, finalizou.

Peça aborda a saúde mental e como as pessoas abordam esse tema tão importante na atualidade — Foto: Felipe Barbosa/Arquivo pessoal

Peça aborda a saúde mental e como as pessoas abordam esse tema tão importante na atualidade — Foto: Felipe Barbosa/Arquivo pessoal

Produção

Cabo de Guerra foi produzido e idealizado por Scarcello, com montagem e direção de Clarisse Baptista, coreografias de Felipe Anco, trilha sonora original de Jorge Anzol e iluminação de Luís Rabicó.

Os ingressos do espetáculo podem ser comprados no Teatro de Arena do Sesc, nos dias de apresentação, ou antecipadamente, pelo telefone (68) 99988-3941.

A produção de “Cabo de Guerra” foi financiada pelo Governo Federal, por meio da Lei Aldir Blanc pela Fundação Elias Mansour (Fem) e conta com o parceria do Sesc Acre e apoio da Exclusivité Papelaria, Nossa Gráfica, RB Studio, Usina de Arte João Donato e Escola de Dança Koinonia.

Daniel Scarcello colheu relato de pessoas em 2021 para poder se inspirar ao escrever o espetáculo — Foto: Felipe Ribeiro/Arquivo pessoal

Daniel Scarcello colheu relato de pessoas em 2021 para poder se inspirar ao escrever o espetáculo — Foto: Felipe Ribeiro/Arquivo pessoal

Por G1 Acre

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