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Cientistas alertam para novos sintomas da varíola dos macacos

Estudo publicado no The New England Journal of Medicine indica que infectados no atual surto têm sintomas distintos aos que eram conhecidos.

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Uma pesquisa publicada no The New England Journal of Medicine, na quinta-feira (21/7), afirma que muitas pessoas diagnosticadas com a varíola dos macacos no surto atual apresentaram sintomas que ainda não estavam incluídos nas definições da doença.

O estudo fez uma análise de casos registrados em 16 países e descobriu que, apesar de a maioria dos infectados ter desenvolvido sintomas semelhantes aos da gripe e da catapora, alguns também apresentaram lesões genitais e feridas no ânus e na boca – que, até então, não tinham sido relatados como característicos da varíola dos macacos.

De acordo com os dados coletados, uma a cada 10 pessoas tiveram apenas lesões na pele na região genital e 15% sentiram dores anais. Em outra análise, publicada no início de julho no British Medical Journal, foi constatado que lesões na região genital se tornaram mais comuns no surto atual do vírus.

Diagnóstico confuso

A preocupação dos especialistas é de que os sintomas possam estar sendo confundidos com outras infecções sexualmente transmissíveis, como sífilis e herpes. Isso pode resultar em diagnósticos errados e subnotificação de casos, o que tornaria a contenção da varíola dos macacos ainda mais desafiadora.

“Os sintomas clínicos são parecidos com os de outras infecções, mas, em algumas pessoas, sintomas na boca e na região do ânus levaram a internações, pois provocaram muita dor e dificuldade para engolir”, explicaram os cientistas na pesquisa publicada no BMJ. Eles acrescentaram que é importante que pacientes e profissionais de saúde reconheçam os novos sintomas para controlar a transmissão viral.

A varíola dos macacos não é uma infecção sexualmente transmissível, mas o surto atual está relacionado ao ato sexual, pois a contaminação ocorre quando há contato físico muito próximo entre as pessoas. Muitos casos registrados foram em homens que têm relações sexuais com homens, e especialistas em saúde já mostraram que o sêmen pode conter o vírus. Para reduzir a contaminação, os ingleses que contraíram a doença foram instruídos a utilizarem camisinha nas 12 semanas seguintes à recuperação.

Com informações via Metrópoles

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