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Caio Ribeiro escondeu câncer dos filhos e lembra choro ao lado de Tiago Leifert

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Caio Ribeiro vive um momento de expectativa. Depois de passar pela última quimioterapia no dia 21 de setembro, ele aguarda o resultado de novos exames para saber se está curado do câncer. O comentarista esportivo, de 46 anos, passou os últimos meses em tratamento contra um linfoma de Hodgkin. Desde que recebeu o diagnóstico (“Uma pancada na boca do estômago”, descreve ele), Caio viveu momentos de angústia, mas também de muita esperança, tocado por tantas mensagens de apoio.

“A primeira coisa que você pensa é nos filhos, que não quer morrer, porque tem muito a viver com eles. Num primeiro momento só contei ao meu pai e à minha esposa, Renata. Ela chorou. Meu pai é médico, lida melhor com isso, foi forte. Para a minha mãe só contei depois, sabia que ela iria se emocionar mais. Ela saiu correndo, não quis chorar na minha frente”, disse ele em depoimento à “Veja”. 

Caio Ribeiro conta que, quando o cabelo começou a cair, passou a se maquiar para esconder as falhas. Foi a hora então de abrir sua doença para o público, através de um vídeo que, segundo o próprio, foi feito da forma “mais tranquila e transparente possível”. Ele só não teve coragem de contar a verdade para os filhos, João, de 10 anos, e Valentina, de 6:

“Disse ao meu filho que estava tomando um remédio, que a consequência era a queda de cabelo e que eu iria raspar a cabeça. Ele só perguntou se eu teria coragem. Fiz a mesma coisa com a minha filha, mas ela pirou, queria raspar na hora. Eu e meu filho somos muito grudados, jogávamos bola, futmesa, todo dia. A minha esposa assumiu um pouco isso, é uma supercompanheira, está segurando a bronca”. 

Ao longo do tratamento, Caio relata que “precisou lidar com o mal-estar, a perda de sono e dores”, mas que ganhou ainda mais força com tanta mensagens de carinho e apoio que recebeu. “Muitos disseram que começaram a fazer exame de prevenção. Foram mais de 20 000 mensagens, 990 só no WhatsApp. Recebi apoio dos times, das federações, dos jogadores. O Tiago Leifert, que é um irmão, falou: ‘Cara, você descobriu no início, vai dar tudo certo”. Uns ficaram mudos. Outros ligaram e começaram a chorar. É engraçado, porque acabo tendo de tranquilizá-los”, lembra o ex-jogador, que faz um balanço dessa travessia, citando que “o pior já passou”:

“A doença faz refletir, ajuda a perceber a importância de equilibrar família, amigos e profissão. Talvez eu tenha ficado mais católico, passei a rezar mais. Quando tudo acabar, quero ir até Aparecida. Não fiz promessas, mas agradecer nunca é demais. O pior já passou. Disso tudo sai um Caio mais forte e agradecido. Sempre fui um cara otimista e estou sendo otimista. Acredito que vou ficar bom”.

Por iG

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