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Bahia e Pernambuco cancelam festas juninas pelo segundo ano devido à pandemia

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Pelo segundo ano consecutivo as festas não serão permitidas durante o período do São João na Bahia e em Pernambuco. Na Bahia, o anúncio foi feito pelo governador Rui Costa, na segunda-feira (17). Já em Pernambuco, as festas e os shows estão proibidos desde dezembro do ano passado, por decreto do governo, para reduzir o índice de contaminação da Covid-19.

O governador da Bahia disse que nenhuma festa será permitida no período, independentemente do número de participantes. Além disso, o transporte intermunicipal será suspenso no estado durante o período de São João e São Pedro para evitar o fluxo de pessoas da capital para o interior do estado. “Não será permitida nenhuma comemoração. Vamos agir no sentido de evitar o máximo o contágio no São João”, disse Rui Costa. 

Nesse domingo o governo da Bahia prorrogou até o próximo dia 27 de maio o toque de recolher no estado, medida que restringe a circulação noturna no estado.

Os dois estados têm forte tradição nas celebrações de São João. Pernambuco, que reúne na cidade de Caruaru um dos maiores eventos juninos do país, proibiu, por meio de um decreto anunciado pelo governo em 8 de dezembro de 2020, a “realização de shows, festas e similares, com ou sem comercializac¸a~o de ingressos, em ambientes públicos ou privados, inclusive em clubes sociais e hotéis, independentemente do número de participantes”. 

Impacto econômico 

Pelo menos dez cidades da Bahia já haviam anunciado o cancelamento do São João esse ano ainda no mês de abril: Camaçari, Mata de São João, Amargosa, Cachoeira, Senhor do Bonfim, Santo Antônio de Jesus, Jaguarari, Itaberaba, Ipiaú e Euclides da Cunha já tinham confirmado a suspensão dos festejos. O cancelamento das festas interfere diretamente na economia de cidades baianas onde o São João é muito tradicional, como na cidade de Santo Antônio de Jesus, que fica a 187 km da capital. A festa movimenta cerca de 10 milhões de reais na economia da cidade por ano. 

O impacto afeta o comércio dessas regiões, além dos setores que estão diretamente relacionados a realização da festa, produtores culturais, artistas, promotores de eventos. Em 2020 por conta do cancelamento do São João  77,8% das festas juninas privadas perderam até R$ 100 mil, cada uma, de acordo com a pesquisa “Impactos financeiros da covid-19 sobre os festejos juninos na Bahia”, realizada pelo Observatório de Economia Criativa da Bahia. Entre 10 de julho e 31 de agosto de 2020, o estudo ouviu cerca de 190 pessoas envolvidas com a organização das festas juninas públicas e privadas em todo o estado.

CNN

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