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Ausência do Estado nas fronteiras gera ambiente propício à criminalidade, diz especialista

O diretor-executivo do Ipam, André Guimarães, disse que ameaças e atividades ilegais acontecem diariamente na Amazônica, e falta de fiscalização é um problema.

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O diretor-executivo do Ipam André Guimarães declarou que a ausência do Estado brasileiro nas fronteiras da região amazônica gera um ambiente propício à criminalidade.

“Um dos problemas centrais da Amazônia é a ilegalidade e a criminalidade como um todo. Nós temos a permanência da atividade madeireira ilegal, o garimpo em terras indígenas ilegal e criminoso, a grilagem de terra que movimenta centenas de milhões de reais, inclusive de lavagem de dinheiro”, destacou.

“Estamos falando de fronteiras onde se permeia o tráfico de drogas e de armas. Então infelizmente a região, pelas suas dificuldades de acesso e pela ausência de fiscalização, acaba tendo esse tipo de atividade ilegal favorecido, o que pressupõe uma ação do Estado ainda maior”, acrescentou.

Guimarães salientou que o caso do desaparecimento do jornalista inglês Dom Phillips e do indigenista brasileiro Bruno Araújo Pereira é parte de um processo que se repete há décadas.

“É algo que acontece no dia a dia da Amazônia. Centenas de pessoas são assassinadas, são ameaçadas, intimidadas no exercício de suas profissões. Um trabalho, no caso do Dom e do Bruno, de alerta à sociedade, o trabalho de um jornalista e um indigenista, que estavam ali para conhecer, compreender e nos fazer entender a importância dos povos indígenas brasileiros e foram brutalmente assassinados”, afirmou.

“Uma situação muito triste e que revela a necessidade de uma ação mais eficiente do Estado brasileiro, onde ele deveria estar presente”, concluiu.

Por CNN Brasil

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