A polícia de Indianápolis, nos Estados Unidos, informou neste domingo (18) que o atirador que matou oito pessoas e deixou vários feridos em um prédio da empresa de entregas FedEx na quinta-feira (16) esteve preso em março de 2020 em uma prisão psiquiátrica. As armas usadas no crime foram compradas meses antes do atentado.
O O massacre foi cometido por Brian Hole, de 19 anos, um ex-funcionário da empresa. Ele se matou antes que as autoridades chegassem ao local do crime. A polícia ainda investiga a motivação do atentado.
A Polícia de Indianápolis informou que as armas usadas no massacre foram compradas legalmente pelo atirador no ano passado.
Segundo as autoridades, a mãe de Hole havia informado anteriormente que o filho tinha a intenção de infringir a lei para que policiais atirassem nele.
Na ocasião, uma espingarda foi encontrada em sua casa. Em março, ele foi preso em uma prisão psiquiátrica.
O agente do FBI Paul Keenan disse em entrevista à Reuters que Hole foi abordado em abril, mas após uma busca em sua casa, os agentes não identificaram nenhuma violação criminal.
Segundo ele, a investigação apontou que o assassino não apresentava “ideologia de violência extrema com motivação racial”.
A polícia não informou a motivação do ataque. Membros da comunidade religiosa Sikh Coalition dizem que intolerância religiosa possa ser um dos motivos do ataque.
Entre os oito mortos no massacre estavam três mulheres e um homem membros da comunidade.
Onda de ataques nos Estados Unidos
As mortes em Indianápolis são o caso mais recente da onda de ataques com armas de fogo nos EUA. Segundo a agência de notícias Associated Press, esse foi o terceiro ataque a tiros em massa em 2021 apenas na cidade.
Relembre os 7 ataques a tiros com mortos em um mês nos EUA
No dia 08 de abril Biden anunciou medidas para tentar controlar o que chamou de ” epidemia de violência com armas de fogo” no país. O presidente americano quer dificultar o acesso às “armas fantasmas”, que podem ser montadas em casa e não têm número de rastreio.
O controle das armas de fogo nos EUA é um tema que divide o país, ainda que há décadas os americanos convivam com massacres em escolas e espaços públicos.
Muitos dos defensores do porte de arma recorrem à Segunda Emenda da Constituição americana, que garante o direito de se ter uma arma. Sempre que o governo tenta controlar o acesso a armamentos, lobistas recorrem à Justiça para derrubar a decisão.
Via-G1