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Artista acreano homenageia Marília Mendonça em charge: ‘aqui não tem sofrência, só paz e alegria’

Artista visual Mardilson Torres disse que ficou comovido com a tragédia e decidiu retratar a passagem da cantora em charge.

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Comovido com a tragédia da morte de Marília Mendonça, na sexta-feira (5), o artista visual Mardilson Torres, de 45 anos, decidiu retratar a passagem da cantora por meio de uma charge.

Com a frase “Aqui não tem sofrência, só paz e alegria”, ele desenhou Marília com uma coroa na cabeça, asas de anjo, um violão nos braços e subindo entre nuvens com um sorriso no rosto, que era sua marca registrada.

Na parte de baixo da charge, uma cachoeira, um avião e um grupo de pessoas chorando.

A cantora de 26 anos e mais quatro pessoas morreram na tarde de sexta, após a queda de um avião de pequeno porte perto de uma cachoeira na serra de Caratinga, interior de Minas Gerais.

Apesar de não acompanhar tanto a carreira da cantora, por ser um gênero musical diferente do que costuma ouvir, Torres contou que a filha dele é muito fã de Marília e que ele admirava o “vozeirão” da artista. Ele disse que ficou muito tocado pela partida repentina e precoce da cantora e, por isso, resolveu homenageá-la.

“Admiro ela como pessoa, pela artista que era, muito nova, com a vida toda pela frente, deixou um filhinho. Minha filha gosta muito dela, lembro que há uns anos nós estávamos na Expoacre e estava tendo o show dela e minha filha queria ir, mas estava muito lotado e eu disse que ficaria para uma próxima, mas infelizmente, não vai ter essa próxima. Admirava a voz dela, um vozeirão impactante. Era uma febre nacional, e eu fiquei comovido mesmo, como ser humano, pela maneira como tudo aconteceu”, disse.

‘Lugar encantado’

O artista fez referência à religião de matrizes africanas ao dizer que Marília fez a passagem em um “local encantado”, a cachoeira. Que segundo ele explica, é a morada de Oxum, a Rainha das Águas Doces, cultuada no candomblé e na umbanda.

“Avalio muito pela linha espiritual também. Até por ter sido em uma cachoeira. Quem mora na cachoeira é Oxum, a Rainha das Águas Doces, então fiz esse comparativo, por ela ser considerada a Rainha da Sofrência, é como se ela tivesse feito a passagem de rainha para rainha, em uma cachoeira. Foi em um local encantado. Para mim, não tem isso de ‘morreu, acabou’. Aqui é só uma passagem, a vida nunca acaba, o que acaba é a matéria.”

A morte da cantora causou comoção em fãs do Acre que acompanhavam o trabalho da artista. Nas redes sociais, muitos postaram fotos e expressaram admiração e lamentaram a tragédia.

Por G1

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