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Aprovação de alunos na educação básica tem alta em ano de pandemia

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Inep divulgou indicadores de rendimento em ano de suspensão das atividades presenciais na maior parte das escolas brasileiras.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) apresentou, nesta quarta-feira (2), informações referentes ao movimento dos estudantes do ensino básico em relação a transferências, admissões, abandono, rendimento, aprovações e reprovações em 2020. 

Os dados, impactados pela interrupção das aulas presenciais por causa da pandemia da Covid-19, revelam um aumento considerável do número de alunos aprovados na rede pública. 

  • Fundamental (1º ao 5º ano): a taxa de aprovação dessa faixa etária subiu de 94,3% (2019), para 98,9% (2020)
  • Fundamental (6º ao 9º ano): taxas aumentaram de 95% (2019) para 99% (2020). Nesta faixa etária, a rede municipal apresentou o maior aumento: de 87% (2019) para 98% (2020)
  • Ensino médio: todas as esferas administrativas tiveram aumento significativo de alunos aprovados, com crescimento de 10%. Nesta faixa etária, as reprovações caíram 7%

Em nota enviada à CNN, o Inep informou que esses resultados sugerem que os critérios de avaliação nas escolas foram alterados. Porém, o aumento das aprovações em ano de pandemia está alinhado às recomendações do Conselho Nacional de Educação (CNE) e de organismos internacionais, como a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). 

O instituto informou que as entidades recomendaram uma adequação das redes de ensino a critérios de avaliação que considerem os objetivos de aprendizagem efetivamente cumpridos e minimizar, assim, a retenção e o abandono escolar.

‘Contínuo curricular’

Devido à pandemia e considerando a possibilidade de as escolas não conseguirem cumprir os direitos de aprendizagem, o CNE propôs a adoção do “contínuo curricular”. 

Segundo o Inep, a proposta é a criação de uma “espécie de ciclo para conciliar anos escolares subsequentes com a devida adequação do currículo. Dessa forma, as escolas teriam dois anos para cumprir os objetivos de aprendizagem”.

Em relação à volta às aulas, os dados coletados pelo Censo Escolar 2020 sobre infraestrutura de tecnologias de informação e comunicação nas escolas, junto com informações de acesso à internet nos domicílios (Pnad – IBGE), revelam vulnerabilidades na conectividade digital tanto de escolas quanto dos domicílios. 

Por essa razão, o Inep entende esse cenário e sinaliza que o retorno das aulas presenciais é essencial para superar as dificuldades de comunicação entre as escolas e os alunos. 

No entanto, para confirmar a volta das atividades presenciais, é essencial que os protocolos de segurança sanitária, incluindo a vacinação dos profissionais de educação, sejam respeitados. 

Via – CNN

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