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Após sofrer parada cardíaca, Nego Bau morre no Proto Socorro de Rio Branco

Renan Souza, mais conhecido como Nego Bau, estava há quase 15 dias internado e já tinha fugido duas vezes do PS de Rio Branco. Ele estava intubado e era levado para o setor de cuidados avançados quando teve a parada cardíaca e não resistiu.

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O morador em situação de rua Renan Souza, mais conhecido como Nego Bau, morreu, na tarde deste sábado (15), no Pronto Socorro de Rio Branco. Ele estava intubado e aguardava uma vaga em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Bau morreu no momento em que era transferido para a unidade de cuidados avançados.

De acordo com a diretora do PS, doutora Carolina Pinho, Bau havia sido intubado após um procedimento cirúrgico no pulmão. O estado de saúde dele foi se agravando rapidamente.

“O paciente Renan sofreu uma parada cardíaca durante o transporte para setor de cuidados avançados. Infelizmente, ele estava em estado gravíssimo e não resistiu. A equipe tentou reanimar, mas ele não respondeu às medidas. Lamentamos pela perda de um cidadão tão popular em nossa cidade”, disse.

Ao g1, a Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos, informou que a família de Bau está recebendo apoio e que está dando toda assistência quanto aos trâmites necessários. O sepultamento de Bau ocorre às 17h30, no Cemitério Morada do Sol.

Bau tinha dado entrada na unidade de saúde no dia 30 de dezembro com um dedo amputado. Bau, então, passou a usar um dreno no pulmão devido a uma perfuração no órgão. Ele também estava com o quadro de tuberculose e tinha fraturas nas costelas. Antes de ser internado ele foi achado ferido em via pública e teria sido agredido.

Mesmo com dreno, ele ainda fugiu duas vezes do PS e foi levado novamente pelo Serviço de Atendimento de Urgência (Samu) para a unidade hospitalar. O Samu informou que Bau foi achado desmaiado na parada final de ônibus do bairro Sobral, na Central de Abastecimento de Rio Branco (Ceasa).

Após estas fugas, o Ministério Público do Acre (MP-AC) e representantes das secretarias de Saúde, de Assistência Social e Direitos Humanos estadual e municipal haviam informado que estavam alinhando estratégias para ajuda-lo. As tratativas estavam sendo feitas pelo Núcleo de Apoio e Atendimento Psicossocial (Natera) do MP-AC.

Nego Bau era um dos personagens mais conhecidos da capital acreana. Ele tinha transtornos psiquiátricos e também era viciado em drogas. Ele ficou conhecido porque vivia perambulando pelas ruas da capital. Ultimamente, muitos relatos de moradores diziam que ele tinha surtos de agressividade.

Acompanhamento

O MP-AC divulgou que acompanhava o caso do morador de rua e, por isso, havia sentado com os gestores responsáveis pelas áreas da saúde, assistência social e direitos humanos do Acre e Rio Branco para discutir soluções conjuntas de intervenção.

Diante da situação crítica, o MP-AC informou que foram levantadas algumas hipóteses para dar maior efetividade ao caso, que ia desde o diálogo com o morador de rua, à internação involuntária, avaliação psiquiátrica e clínica médica no PS, eventual contenção e a participação da família no tratamento.

O MP-AC tinha encaminhado também ofício para as Secretarias de Saúde do Acre (Sesacre), de Rio Branco (Semsa) e às Secretarias de Assistência Social e de Direitos Humanos do estado e município solicitando informações sobre o que está sendo feito e como esses órgãos podiam ajudar.

O Núcleo de Saúde Mental da Sesacre disse que teve uma reunião com o Natera, uma promotoria de Justiça do MP, direção do PS, leito de saúde mental, o serviço social do PS, núcleo de saúde mental da Sesacre, o departamento de atenção primária em Saúde e outros gestores de saúde e direitos humanos para discutir a situação de Bau.

Na reunião ficou acordado que Bau iria continuar internado no PS, preferencialmente em um leito no térreo, e em isolamento devido à suspeita de tuberculose. Além disso, ele ia fazer avaliações com um psiquiatra e um clínico para diálogo e prescrição da medicação adequada.

A Prefeitura de Rio Branco informou que as Secretarias de Assistência Social e Direitos Humanos (Sasdh) e de Saúde municipal (Semsa) estavam auxiliado e mantendo diálogo para ajudar o paciente.

Por G1

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