O presidente norte-americano, Joe Biden, fez um pronunciamento à nação na noite desta terça-feira (24/5) com um emocionado apelo para que o país restrinja o acesso a armas de fogo, sobretudo a rifles de assalto comumente usados em ataques a pessoas inocentes.
Mais cedo, nesta terça, um ataque a tiros em uma escola primária no estado norte-americano do Texas deixou ao menos 18 crianças e uma professora mortas, além do atirador, um jovem de 18 anos.
“Como nação, nós temos que nos perguntar: quando, em nome de Deus, vamos enfrentar o lobby das armas?”, discursou Biden, na Casa Branca, após chegar de viagem à Ásia. “Quando, em nome de Deus, vamos fazer o que precisa ser feito?”, continuou ele, que citou a triste estatística de mais de 900 incidentes com armas nos EUA desde o massacre na escola primária de Sandy Hook, em 2012, quando 26 estudantes e professores morreram.
“A lista aumenta quando incluímos [ataques] a cinemas, lojas, igrejas…”, continuou ele. “A ideia de que um jovem de 18 anos entre numa loja e compre rifles de assalto é simplesmente errada. É apenas doente que os fabricantes sigam lucrando com isso”.
Transformar dor em ação
Ao final do discurso, Biden disse que é hora de “transformar dor em ação”. “É hora de agir, é hora daqueles [parlamentares] que obstruem ou tentam evitar as votações saberem que nós não vamos desistir nem esquecer. Podemos e vamos fazer mais”, prometeu ele.
Tiroteio em escola
As informações sobre as vítimas no Texas foram atualizadas pelo governador do estado, Greg Abbott, para a imprensa local. “Ele [o atirador] atirou de forma horrível e incompreensível em 18 estudantes e um professor”, disse Abbott.
A tragédia ocorreu na escola Robb Elementary, na cidade de Uvalde, que fica perto da fronteira dos EUA com o México.
Por Metrópoles