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Após demissão de 130 garis, Prefeitura de Rio Branco assina contrato com nova empresa de limpeza

Secretaria de Zeladoria de Rio Branco assinou contrato com uma nova empresa nesta segunda-feira (5). Novo acordo prevê disponibilidade de 105 garis para o serviço de varrição da cidade. Contrato com antiga empresa encerrou na última quinta (31).

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Rio Branco já tem uma nova empresa terceirizada que vai ficar responsável pelo serviço de varrição na cidade. Nesta segunda-feira (5), a Secretaria Municipal de Zeladoria assinou o contrato com os novos colaboradores. O acordo prevê a disponibilização de 105 garis, podendo chegar a 130 dependendo da demanda.

O secretário Joabe Lira, responsável pela Zeladoria, explicou que a empresa pode contratar os garis da antiga empresa que tiveram o contrato encerrado no último dia 30 de março. Após o fim desse acordo, cerca de 130 garis perderam seus empregos.

“Foi assinado o contrato. A empresa que assumiu faz a avalição se contrata ou não os garis. Mas, geralmente, eles pegam o pessoal porque já conhece o serviço, já tem experiência e contratam a maioria. Fazem uma triagem, cada empresa tem sua metodologia, a Zeladoria não pode e nem deve indicar, porque é um serviço terceirizado”, reforçou.

Ainda segundo Lira, os garis vão sendo chamados conforme a necessidade. Ele frisou que o munícipio dispõe de quatro empresas terceirizadas responsáveis pela limpeza da cidade. “Encerrou o contrato com um e continuamos com outras empresas. Agora continuam as quatro”, finalizou.

Clima ficou tenso em protesto de garis contra salários atrasados — Foto: Arquivo

Clima ficou tenso em protesto de garis contra salários atrasados — Foto: Arquivohttps://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

Protestos e confronto com polícia

Com salários atrasados, um grupo de garis fez vários dias de protesto em frente à Secretaria Municipal de Zeladoria de Rio Branco no dia 4 de março, inclusive bloqueando a saída de maquinários e de outros trabalhadores que não participavam do ato.

Após dias de negociações, paralisações e até  confusão com intervenção do Batalhão de choque da Polícia Militar (Bope), os garis voltaram a trabalhar no último dia 17 depois de receberem os salários que estavam atrasados.

Os atrasos se deram porque as empresas terceirizadas diziam que tinham que receber um valor e a prefeitura, após calcular o serviço prestado, dizia que o valor teria que ser bem abaixo. Mesmo com o impasse, as empresas acabaram recebendo o repasse, umas até 50% menos do que esperavam, e fizeram o pagamento dos trabalhadores, que voltaram ao trabalho.

O clima ficou tenso, no último dia 15, quando os trabalhadores bloquearam a entrada da Zeladoria e uma equipe do Bope foi acionada e chegou a usar gás de pimenta.

A situação causou repercussão e o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, em entrevista a outra emissora, falou que a ação da polícia foi preciso para “restabelecer a ordem” e que não foi feito “nada demais”. Segundo ele, no dia em que a polícia precisou agir, mais de 300 trabalhadores tentavam sair da garagem da secretaria com 40 máquinas, mas estavam sendo impedidos pelo grupo.

O Ministério Público do Estado do Acre (MP-AC) chegou a instaurar uma notícia de fato para apurar a conduta dos policiais militares envolvidos na repressão ao protesto dos garis.

Via-G1

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