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Adolescente de 13 anos denuncia em carta que era estuprada; mãe e padrasto foram indiciados no AP

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Em Laranjal do Jari, no Sul do Amapá, uma adolescente de 13 anos pediu ajuda da Polícia Civil através de uma carta escrita a próprio punho. O texto descrevia o crime de estupro de vulnerável sofrido por ela. A investigação terminou com o indiciamento do padrasto, como autor dos abusos, e também da mãe dela, que teria sido omissa.

O inquérito foi concluído pela Delegacia da Infância e Juventude de Laranjal do Jari (DIJLJ), no município que fica a 265 quilômetros de Macapá. As provas foram enviadas ao Ministério Público (MP) do Estado para possível oferta de denúncia à Justiça.

A investigação iniciou quando a vítima denunciou o caso por meio da carta, onde relatava que o homem “dava em cima dela”, apalpava as partes íntimas e tentou relação sexual.

A adolescente também descreveu na carta que contou sobre as práticas criminosas para a mãe, em dezembro de 2020, mas a responsável teria dito à filha apenas para ficar longe do padrasto.

Mãe foi indiciada

De acordo com o delegado Aluísio Aragão, titular da DIJLJ, o crime acontecia desde outubro do ano passado. Devido à omissão da mãe diante dos abusos sexuais praticados pelo padrasto, a mulher também foi indiciada pelo crime de estupro de vulnerável.

Delegado Aluísio Aragão, titular da Delegacia da Infância e Juventude de Laranjal do Jari — Foto: Polícia Civil/Divulgação

Delegado Aluísio Aragão, titular da Delegacia da Infância e Juventude de Laranjal do Jari — Foto: Polícia Civil

“A mãe tem obrigação de proteção, cuidado e vigilância em relação aos filhos menores. Então ela tinha, por lei, que denunciar o que ela estava sabendo, o crime que estava acontecendo. A conduta omissa dela foi determinante para que esse crime continuasse acontecendo com a própria filha dela”, declarou o delegado.

Por serem indiciados primários e possuírem bons antecedentes, a mãe e o padrasto aguardam em liberdade o desfecho do caso.

Ainda segundo a Civil, a vítima solicitou medidas protetivas de urgência e vem recebendo assistência do Conselho Tutelar.

Via-G1

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