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Acre volta a registrar mortes por Covid após 2 meses e nº de casos sobe mais de 470%; especialista fala em 4ª onda

Junho fechou com 1.084 novos casos da doença no estado, enquanto maio fechou com apenas 190. Também foi registrada morte em junho depois de quase dois meses sem registro de óbitos.

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O estado acreano voltou a registrar aumento dos casos de Covid-19 neste mês de junho. Um balanço feito de acordo com os boletins diários da Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre) mostra que o número de casos no estado aumento mais de 400% em junho com relação a maio. Depois de dois meses sem registrar mortes pela doença, o estado também voltou a registrar óbitos no boletim de quarta-feira (29). 

As duas mortes fazem com que o número de vítima fatais da doença chegue a 2.004. De acordo com a Sesacre, as vítimas são um homem de 64 anos, que morreu ainda em maio, mas que o óbito só foi registrado na quarta após investigação. Ele era morador de Rio Branco. 

Já a outra morte foi de uma mulher de 72 anos, também de Rio Branco, que deu entrada na rede particular de saúe no dia 23 de junho e morreu no dia 28. 

Os números mostram um avanço significativo da doença no estado, uma vez que no mês passado, o estado acreano havia registrado 190 casos novos e nenhuma morte da doença. Já em junho, o número de casos novos saltou para 1.084, tendo assim um aumento de 471% só com relação aos novos infectados. 

A última morte pela doença havia sido registrada em 26 de abril deste ano, quando, por dois meses, o Acre tinha 2.002 mortes por Covid. Porém, depois desse período, foram registradas duas mortes na quarta e o número de mortos agora é 2.004. 

O Acre já registrou, durante toda a pandemia, 126.195 casos da doença. Nesse período, 2.004 mortes foram registradas. No boletim desta quinta, última dia do mês de junho, fora registrados 427 casos novos, outros 37 estavam em análise. O documento destaca ainda que os dados desta quinta são referente a dois dias, quando as informações estavam represadas. 

Quarta onda 

Com essa alta, a infectologista Cirley Lobato disse que não é descartada uma nova onda da doença – uma tendência, que, segundo ela, tem sido registrada em todo o país. 

“Infelizmente, temos observado o aumento dos números de Covid não só aqui no Acre, mas no Brasil e mundo como um todo. O que estamos acompanhando são novas subvariantes, é a mesma ômicron, mas com a subvariante quatro e cinco e não podemos descartar uma nova onda”, disse a infectologista. 

Para a especialista, para conter o avanço da doença, a ajuda da população é crucial, que é quem pode e precisa manter as medidas sanitárias. Se tiver com sintomas gripais, usar máscara, evitar aglomerar, se for a unidade hospitalar sempre usar máscara, segundo defende. 

A infectologista diz ainda que nesse período no Acre, outro problema é que os sintomas da Covid acabam se confundindo com os de gripe que é sazonal, com a chegada do período de seca, aumento das queimadas e com isso de doenças respiratórias. 

“Uma coisa interessante é que não sabemos quem vai evoluir para um quadro grave, sabemos que a vacina mudou a história natural da Covid, então os quadros estão sendo mais leves, como sintomas gripais mesmo. A questão é se você contem o vírus e não toma estas medidas de proteção, mais pessoas vão ser contaminadas e se tem mais pessoas contaminadas, aumenta a probabilidade de casos graves. Então, é manter os cuidados. A cobertura vacinal, a gente observa que terceira e quarta dose está baixa”, acrescenta. 

Cirley afirma que a principal diferença entre os sintomas gripais e de Covid está no período em que elas apresentam agravamento. “Geralmente estes vírus que afetam as vias respiratórias se tiver que complicar é na primeira semana, enquanto a Covid é na segunda semana, que pode ter o quadro mais grave, quando entra na fase inflamatória.” 

Com Informações G1

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