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Acre tem mais de 5,3 mil casos confirmados de dengue e 12,4 mil suspeitos em 3 meses

Dados são do Departamento de Vigilância em Saúde do Acre de casos registrados de 3 janeiro até o dia 20 de março. Há ainda dois óbitos causados pela dengue e dois em investigação.

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Os casos de dengue no Acre seguem aumentando e já são registrados 5.393 diagnósticos positivos para a doença. Os dados são do último boletim epidemiológico do Departamento de Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) e levam em consideração os registros entre os dias 3º de janeiro até o dia 20 de março deste ano.

Ao todo, são 12.473 casos suspeitos da doença em todo estado este ano, o que representa uma taxa de incidência de 1.394,5 casos por 100 mil habitantes. No mesmo período em 2020, eram 3.270 notificações, o que representa um aumento de 281,43% ou quase quatro vezes mais casos.

Nesse período de mais de três meses, a Regional do Baixo Acre apresentou o maior número de casos, registrando 7.414 e contribuiu com 59,4% das notificações, seguida da Regional do Juruá, com 3.874 casos e 31,1% de contribuição, e do Alto Acre, com 1.185 casos e contribuição de 9,5%.

Com relação aos casos positivos da doença, 3.070 são no município de Rio Branco e 1.089 em Tarauacá, no interior do estado.

Ainda segundo o boletim, nesse período duas pessoas morreram por conta da dengue, sendo uma de Cruzeiro do Sul e outra de Brasileia. Há ainda duas mortes de Rio Branco suspeitas de terem sido causadas por dengue em investigação. No ano passado, foram contabilizadas três mortes por causa da dengue.

Um levantamento divulgado no último dia 17 mostrou que dos 22 municípios do Acre 20 estão infestados pelo mosquito Aedes aegypti. A capital acreana declarou situação de emergência devido ao aumento no casos de dengue. No dia 16, o governador Gladson Cameli decretou emergência por conta da cheia de rios, surto de dengue, pandemia e crise migratória.

Distribuição por regional

  • Baixo Acre

A Regional do Baixo Acre é a que apresenta mais casos suspeitos de dengue no estado. São, ao todo, 7.414 casos suspeitos nos sete municípios da regional. A capital acreana, Rio Branco, é que soma mais casos, com 6.469. No mesmo período de 2020, a regional tinha 461 notificações da doença.

Alto Acre

A Regional do Alto Acre soma 1.185 casos suspeitos de dengue até o dia 20 de março. A cidade com mais registros é Xapuri, com 543 casos. No ano passado, a regional recebeu 411 notificações da doença nesse mesmo período.

Regional Juruá e Tarauacá/Envira

Do total de casos de dengue suspeitos no Acre, 3.874 foram registrados na Regional Juruá e Tarauacá/Envira. Esse é o segundo maior número de notificados no estado. No ano passado, foram 2.398 notificações nesse mesmo período.

A cidade de Tarauacá contabiliza mais casos suspeitos da doença na regional, com 2.702 casos. O município de Cruzeiro do Sul tem o segundo maior número de notificações, somando ao todo 585.

Casos de Chikungunya

Além dos casos de dengue, o boletim epidemiológico traz ainda dados sobre a chikungunya. Nesse mesmo período em 2021, foram registrados 105 casos prováveis da doença, o que representa uma taxa de incidência de 11,7 casos por 100 mil habitantes. No mesmo período no ano passado foram registrados 14 casos suspeitos da doença.

Do total de notificações, 121 foram confirmados para chikungunya. A Regional do Juruá foi a que apresentou o maior número de casos, totalizando 76 suspeitos, e contribuindo com 76,8% das notificações, seguida da Regional do Baixo Acre, 17 casos e contribuição de 17,2%. O Alto Acre notificou 6 casos, cuja contribuição foi de 6,1% dos casos prováveis.

Zika vírus

Já com relação aos casos de zika vírus, o Acre registra 75 notificações da doença nesse mesmo período. Segundo dados do boletim, o município de Mâncio Lima foi o que mais registrou casos suspeitos, com 37 notificações, seguido de Cruzeiro do Sul, com 20. Entre os casos, segundo a Saúde, não há registros de grávidas notificadas como caso suspeitos.

No mesmo período de 2020, foi registrado 1 caso confirmado de Zika vírus no município de Cruzeiro do Sul.

Pandemia de Covid-19 e colapso na Saúde

O Acre vive o pior momento da pandemia com leitos de hospitais lotados, pessoas morrendo à espera de uma vaga nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI), altas nos números de contaminados pela Covid-19 e, mais recente, teve que transferir pacientes para o Amazonas para tentar desafogar o sistema de saúde em colapso. Além da lotação, os profissionais de saúde estão com sobrecarga de trabalho tentando salvar vidas e pessoas lutando contra o vírus.

O estado registra, até esse domingo (4), 71.157 casos confirmados de Covid-19, segundo boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde. Ao todo, 1.291 pessoas morreram em decorrência da doença. Em quatro dias de abril já são 29 mortes pela doença. Ao todo, 374 pessoas estão internadas, das quais 312 com teste positivo para a Covid-19. Oito pacientes estão na lista à espera de um leito de UTI.

Dos 106 leitos de UTI nos hospitais da rede SUS disponibilizados no estado, 97 estão ocupados. A taxa de ocupação total teve uma leve queda e atingiu para 91,5%. Os leitos de UTI estão concentrados na capital, com 85 vagas, e Cruzeiro do Sul, com 26.

Via-G1

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