O Acre deve ser o primeiro estado brasileiro a receber doses da vacina da Pfizer destinada a crianças de 5 a 11 anos. Segundo o Programa Nacional de Imunização do Estado (PNI), a previsão é que os imunizantes cheguem na capital acreana às 23h50 desta quinta-feira (13), em um voo comercial.
Conforme os dados, o Acre deve receber 7,2 mil doses de vacina, o que representa somente 6% do público de crianças que devem ser imunizadas no estado. A estimativa da Secretaria de Saúde do Estado (Sesacre) é vacinar aproximadamente 120 mil crianças de 5 a 11 anos.
A previsão inicial era de que as doses chegariam ao Acre na próxima terça-feira (18), segundo informou ao g1 a gerente do PNI estadual, Renata Quiles. Mas, a data foi adiada.
Após a chegada na Central, em Rio Branco, as doses vão estar disponíveis para os municípios do interior do estado de 24 a 48 horas. “A vacinação deve iniciar no interior somente na segunda [17].”
A Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, em 16 de dezembro, a vacinação de crianças de 5 a 11 anos.
Treinamento
As equipes de saúde, tanto da capital como do interior do estado, já começaram a receber capacitação necessária para imunizar esse grupo desde a última sexta-feira (7). O treinamento é feito de forma on-line.
O PNI do Acre tem um cronograma de treinamento das equipes e não haverá cadastramento de crianças. Alguns estados brasileiros fizeram o cadastro de crianças enquanto esperam o envio de doses do governo federal.
Não será exigida receita médica
O Acre não vai exigir prescrição médica para vacinar crianças entre 5 e 11 contra a Covid-19, segundo a Sesacre. Em dezembro do ano passado, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, chegou a afirmar que recomendaria a cobrança do documento.
No último dia 5, o Ministério da Saúde divulgou as regras para a vacinação de crianças de 5 a 11 anos – e abriu mão da exigência de receita médica para imunização desta faixa etária.
De acordo com o governo, a vacinação infantil ocorrerá:
- em ordem decrescente de idade (das crianças mais velhas para as mais novas), com prioridade para quem tem comorbidade ou deficiência permanente e para crianças quilombolas e indígenas;
- sem necessidade de autorização por escrito, desde que pai, mãe ou responsável acompanhe a criança no momento da vacinação;
- com intervalo de oito semanas – um prazo maior que o previsto na bula, de três semanas.
Por G1