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A força do pai e a realização

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Todos chegam à Constelação Familiar com sensações de que algo não está no seu devido lugar. Um sentimento de incômodo que ainda, não se sabe a origem e, muitas vezes, sendo guiado inconscientemente pelos anseios mais profundos de incluir alguma parte importante da sua própria história sistêmica. A Constelação Familiar movimenta-se de forma prática em direção a evidenciar não o que queremos, mas o que necessitamos incluir de forma consciente, em concordância com o nosso próprio destino, ou seja, aquilo que não temos condições de mudar, por exemplo, os nossos pais. 

A vida começa com um homem e uma mulher, e, através desse vínculo, é gerada uma nova vida, independente das circunstâncias. Todo o registro desde o início da relação em diante entre o pai e a mãe será impresso no filho (padrões de comportamento), gerando desafios que poderão ser vivenciados em algumas áreas da vida. 

Depois da mãe, o vínculo mais importante para o bem-estar do filho é com o pai. Quando, ao nível da alma, sentimos falta do nosso pai, falta-nos uma força especial que nos ajuda na vida e só pode vir através dele. Por exemplo, se seu pai não estava presente física ou emocionalmente, ou sua mãe não permitiu que você tivesse acesso a ele, rejeitando-o ou falando negativamente sobre ele, você pode ter crescido rejeitando-o.

O pai mostra o mundo e suas possibilidades e para isso, basta imaginar, como é uma mãe e um pai ensinando o filho a andar de bicicleta pela primeira vez. A mãe é mais cuidadosa e protetora, tem receio que o filho caia e se machuque. O pai também é cuidadoso e tem zelo pelo filho, mas ele tem um impulso, traz coragem para que a criança e/ou jovem possa vencer o desafio.

Esse movimento é simbólico na vida do filho e determina como ele irá se conduzir mais a diante na sua caminhada adulta.  E, a cada passo dessa abordagem de Bert Hellinger, fica cada vez mais claro que quando uma pessoa vivencia a ausência física ou emocional do Pai, ou rejeita-o, sente que está rejeitando parte dela mesma, como se metade dela não fosse digna (de amor, sucesso, realização na vida, etc.) e sente um vazio interior que sempre tentará preencher com coisas externas. É o caso de muitos vícios.

E a mãe, qual a responsabilidade dela no movimento do filho em direção ao Pai? A mãe é a chave para a criança encontrar o caminho para o pai. O caminho para o pai passa pela mãe. Facilmente se vê pessoas bem bonitas, talentosas, mas infelizes, que trocam de parceiros com frequência ou têm alguns relacionamentos conturbados. Essas pessoas muitas vezes estão em contato com a mãe, mas não com o pai. Tais situações acontecem quando os pais estão divorciados, em conflito ou o filho não conhece o pai. 

Esse não é o único cenário pelo qual a vida pessoal pode não funcionar ou por que as pessoas trocam de parceiros íntimos com frequência. Pode haver muitas outras razões para isso, como situações familiares no passado.

‘’Somente na mão do Pai, a criança ganha um caminho para o mundo’’

Bert Hellinger

Filha, mulher, esposa e mãe de dois meninos. Facilitadora de grupos e sessões individuais com Constelação Familiar. Possui formação e supervisão pelo Núcleo de Soluções Sistêmicas de Teresina-PI, formação em Mediação de Conflitos pelo Tribunal de Justiça do Piauí, através da EJUD (Escola Judiciária), realizadora do Projeto Pedagogia Sistêmica em escola pública,Radialista na juruá FM 100,9 e estudiosa das relações e comportamentos humanos, com amor pela natureza, suas cores, formas e significados.

Karol Damasceno

Coluna Karol Damasceno

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