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6 são mortos e 30 ficam feridos em protesto do Hezbollah no Líbano

Manifestação exigia destituição do juiz do processo sobre a explosão no porto de Beirute em 2020. Hezbollah diz que homens armados atiraram contra manifestantes a partir de telhados.

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Seis pessoas morreram e ao menos 30 ficaram feridas após um grupo armado disparar contra uma manifestação convocada pelos movimentos islâmicos Hezbollah e Amal em Beirute, capital do Líbano, nesta última quinta-feira (14).

Uma das vítimas é uma mulher atingida por uma bala dentro de sua casa, segundo a agência de notícias Reuters.

O Exército afirma que manifestantes foram atacados quando passavam pela rotatória de Teyouneh, em uma área que divide os bairros cristãos e xiitas da cidade, e que nove suspeitos foram presos.

Protesto do Hezbollah termina com mortos e feridos no Líbano

O Hezbollah e o Amal, que são apoiados pelo Irã, dizem que homens armados atiraram contra os manifestantes a partir de telhados e acusa as Forças Libanesas (LF) de serem responsáveis pelo ataque.

A LF, um partido cristão que tem laços com a Arábia Saudita, negou a autoria do ataque, condenou a violência e a atribuiu à “incitação” do Hezbollah.

Os tiros causaram cenas de caos na capital libanesa, e soldados passaram a patrulhar as ruas.

Durante o ataque, as televisões locais transmitiram imagens de pessoas correndo ao som de tidos. Em uma escola próxima, professores instruíram crianças a se deitarem de bruços no chão com as mãos na cabeça.

Tiroteios durante protesto do Hezbollah deixam mortos no Líbano — Foto: Aziz Taher/Reuters

Tiroteios durante protesto do Hezbollah deixam mortos no Líbano — Foto: Aziz Taher/Reuters

Mulher segura as mãos de crianças e corre na saída da escola após o início de um tiroteio em Beirute, capital do Líbano, em 14 de outubro de 2021 — Foto: Mohamed Azakir/Reuters

Mulher segura as mãos de crianças e corre na saída da escola após o início de um tiroteio em Beirute, capital do Líbano, em 14 de outubro de 2021 — Foto: Mohamed Azakir/Reuters

Reação política

O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, anunciou que o Líbano terá um dia de luto nesta sexta-feira (15), e o presidente do país, Michel Aoun, fez um discurso na televisão.

Aoun prometeu que os responsáveis ​​pela violência serão responsabilizados. “Não permitiremos que ninguém tome o país como refém de seus próprios interesses”, afirmou o presidente.

“É inaceitável que as armas sejam mais uma vez o meio de comunicação entre os rivais libaneses”.

Soldados do Exército patrulham rua de Beirute em 14 de outubro de 2021 após tiros serem disparados perto do local de um protesto contra o juiz Tarek Bitar, que está investigando a explosão do porto da capital do Líbano no ano passado — Foto: Mohamed Azakir/Reuters

Soldados do Exército patrulham rua de Beirute em 14 de outubro de 2021 após tiros serem disparados perto do local de um protesto contra o juiz Tarek Bitar, que está investigando a explosão do porto da capital do Líbano no ano passado — Foto: Mohamed Azakir/Reuters

Protesto contra juiz

O protesto exigia a destituição do juiz Tarek Bitar, responsável pelo processo sobre a explosão que ocorreu no porto da cidade em agosto de 2020.

A tragédia causou a morte de pelo menos 214 pessoas e feriu mais de 6 mil, além de destruir vários edifícios na capital libanesa.

O juiz interrogou vários políticos e funcionários do governo, incluindo aliados do Hezbollah, suspeitos de negligência que levou à explosão do porto (causada por uma grande quantidade de nitrato de amônio armazenada no local).

Na terça-feira (12), Bitar emitiu um mandado de prisão contra Ali Hassan Khalil, deputado e ex-ministro das Finanças que é membro do Amal e aliado do Hezbollah.

Dois ex-ministros apresentaram uma denúncia contra o magistrado — que suspendeu a investigação. A acusação foi negada nesta quinta, e Bitar poderá retomar seu trabalho.

Por G1

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