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Política: Balsa 2022 por Chico Gatão

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Charge do Ac 24 Horas.

A BALSA 2022
Autor Chico Gatão
Meus senhores e senhoras
Peço aqui vossa atenção
É chegada àquela hora
De fazer a zoação
Proclamar em alto brado
Descrevendo o resultado
Dessa nossa eleição.

Já de cara um desafio
De manhazinha acordar
Pois no Acre duas horas
Tiveram que antecipar
Da cama cedo pulamos
O Brasil nós acordamos
Pra ir na urna votar.

Dia 2 enfim chegou
Toda a sorte foi selada
Quem plantou boa semente,
Colhe o fruto na invernada.
Quem perdeu tempo com briga
Quem só quis saber de intriga
Agora aguente a lapada.

Nós sabemos que o jogo
É bruto por natureza
Não é feito pra amadores
Disso pode ter certeza
Sendo assim a cada pleito
Se o povo quer não tem jeito.
Vai viajar na dureza.

Toda eleição é assim
Quem não trabalha direito
Quem fica na picuinha
Quem se perde no mal feito,
Embarca aqui eu garanto
Mesmo que esconda o pranto
Não esconde a dor no peito

Diz a lenda que quem perde
Tem que fazer um Cruzeiro
Quem foi lavado na urna
Mesmo que tenha dinheiro
Numa balsa é colocado
Vai cumprir um triste fado
Já tá sabando o roteiro.

Preto, branco, rico ou pobre
Bonito, feio ou de idade
Aqui não se discrimina
Mas não se tem piedade.
Pegou pau na eleição
Pode chegar meu patrão
Só resta agora a saudade.

Bem antes do dia D
Só se via o bafafá
O “bichim” comendo tripa
E arrotando caviar.
Essa palavra PERDER
Com certeza vou dizer:
Deus me livre, nem pensar.

É tanta gente que eu
Não consigo nominar
Vou falar só de alguns
Para o leitor não cansar
Dando a mão a palmatória
Destacando a trajetória
E a minha história contar.

Cesário Braga lá vem
Com a sua valentia
Embarcou trincando os dentes
Já não tem mais vilania
Com o seu jeito raivoso
Cesário chegou choroso.
Pra Balsa da invernia.

Do jeito que ele falava
Já resolvia a parada
Dando lição de moral
Cesário não tá com nada.
O comuna é navegante
Na balsa que vai errante
Pode entrar meu camarada.

Quem também não teve jeito
Foi grande o seu dissabor
Esperava um resultado
Mas o que fez o eleitor
A notícia não é falsa
Perpetua entrando na Balsa
Embarca mulher da flor

Militarismo na Balsa
Eu garanto pode crer
Nunca antes teve tantos
Isso eu preciso dizer
Lhe afirmo sem conversa
Mais segura do que essa
Ainda tá pra nascer.

Entre tantos embarcados
Um merece ser citado
Teve tudo e não tem nada
Por isso foi desprezado
Ele jura que tem razão
Mas por fazer confusão
Aqui tá sendo embarcado.

Vem chegando desolado
Segurando a emoção
O Chefe da Segurança
Escolhido na eleição
Se o pau quebrar ele arrocha
Pois chegou o Major Rocha
Pra dirimir a questão.

O eleitor vacinado
Se enfadou dessa sanha
Já foi Pang, Mara e Rocha
Que sucumbiu na campanha.
Sem projeto e sem proposta
O povo deu a resposta
Tem que conhecer as manhas.

A Medicina na balsa
Também tá organizada
Já não tem choro nem vela
A turma foi embarcada
Tem consulta virtual
Ou mesmo presencial
A sorte já foi lançada.

O Thor Dantas vai subindo
O olhar é de desdém.
Se fez lá na Pandemia
Vai fazer aqui também
Consultando o navegante
Prescrevendo até purgante.
Não fica fora ninguém.

Quero em nome dos letrados
Fazer minha referência
Pois são tantos professores
Que vão nessa diligência
Em nome dela eu direi
O seu nome falarei
Pois aqui tem preferência.

É a Mulher do chapéu
Que chegou esbaforida
Contava com votos certos
A surra foi dolorida
Sem nenhum constrangimento
A Rosana Nascimento
Embarca desenxabida

Jéssica Sales também
Na balsa foi embarcada
A sua luta foi grande
Reconheço a empreitada
Mostrou-se mulher guerreira
Mas agora é marinheira
Já não lhe resta mais nada.

Flaviano finalmente
Tem descanso merecido
Depois de tanto mandato
Embarcou estarrecido
Sem querer largar o osso
Já foi pro fundo do poço
Na urna foi esquecido

Quem teve muita coragem
Foi mesmo Ney Amorim
Desistiu da Deputância
Ele agora está assim
Embarcando nesta nau
No Cruzeiro fluvial
Assume seu camarim.

Também a advocacia
Aqui vai representada
Pois lá vem o Dr Sanderson
Para integrar a jornada
Com muita sabedoria
Debate filosofia
No curso da empreitada.

Toda sorte de argumento
Ele vai sintetizando.
O sonho da eleição
Vai outra vez adiando
Pra curtir a quarentena
Com sua Escola de Atenas
Na balsa vai ensinando.

Jenilson Leite chegou
Resoluto e conformado
Podia ser deputado
Mas quis mudar o traçado
Quase perde a estribeira
O PT deu a rasteira
Por isso está embarcado.

Marcia Bittar também
Na disputa sucumbiu
Com um discurso enfadonho
É outra que desce o rio
Sua ganância em vencer
Botou foi tudo a perder
La na balsa ela subiu

Uma coisa já prevista
Pra essa nova jornada
A pesquisa já mostrava
De forma sinalizada
Sem nenhum clima soturno
Já ter no primeiro turno
A fatura liquidada.

Dito e feito, foi assim
A resposta do eleitor
No meio da confusão
Foi amor contra rancor
Não tiveram salvação
Pagaram a humilhação
De ser um navegador

Quem perde não tem perdão
Vira mesmo um sururu
Quem pega pau na eleição
Fica quem nem cururu.
Vai escutar bem assim
O choro do surubim
La em Manacapurú.

Mara, Márcio e Petecão
Remoendo a contradita
Eram três pesos pesados
Tiveram a mesma desdita
Amargaram uma lavada
Receberam uma lapada
Passaram longe da fita.

A sede pelo poder
Botou todos de um lado
Gladson não teve escolha
Vendo tudo espatifado
Disse ele: eu vou de novo
Somente Deus e o povo
Me basta neste traçado

Era uma coisa medonha
O negócio era bater
Porrada de todo lado
Pra ver o “home” descer
Sem cerimônia ou respeito
Querendo de qualquer jeito
O Poder pelo poder

Nem proposta apresentaram,
Só queriam era brigar
Em função de uma cadeira
Sem um plano apresentar
Mas o povo foi augusto
Na base do senso justo
Fez um por um embarcar

O Marcio Bittar Bittando
Só de birra ele entrou
Cumpriu tabela no jogo
E o time não decolou
O Petecão petecando
A Mara maravilhando
O povo não perdoou

Na campanha o Petecão
O que pôde esbravejou
Perdeu-se pelas palavras
Pois seu discurso falhou
O Petecão de mansinho
Chegou falando fininho
E lá na balsa ele entrou

Aquela conversa mole
Aos poucos ficou mofina
Desaprendeu pedir voto
E só restou gasolina
Com sua luta renhida
A votação encolhida
Perdeu-se pela esquina

Chega então Marcio Bittar
De postura resoluta
A campanha até discreta
Mas a resposta foi bruta
Sem votos do eleitor
O fidalgo relator
Já sucumbiu na disputa.

Mara Rocha quem diria
Desolada e sem guarida
Dispensou o sobrenome
Pra passar despercebida
Abram alas, pode entrar
Mara vai maravilhar
Nessa viagem sofrida

em chegando o comandante
Do Cruzeiro Fluvial
JV vem desolado
Embarca passando mal
A maior autoridade:
O povo, sem piedade
Decretou o seu final.

Comprou briga com Jenilson
Num jeito espetaculoso
Ficou num chove num molha
Naquele estilo pomposo
Sem falar o que queria
Sem saber pra onde ia
O páreo foi cabuloso

O Jorge pensou assim
O governo eu vou tentar
Já peguei pau no senado
Então não vou arriscar
Repetir a balsa rapaz
Outra vez já é demais
Não posso me acostumar.

A soberba Vianesca
Levou de proa o Jorginho
O povo não pegou corda
Ficou falando sozinho
Quem conhece não se engana
Embarca Jorge Viana
Pra refazer o caminho.

O Ray Melo foi quem disse
No Blog conceituado
O Jorge quis derrubar
Quem pagou o atrasado
Veio como Salvador,
Mas a Pátria não salvou
Por isso foi embarcado

Seu discurso repetido
Junto ao povo não colou
Ele só via defeito
Em nada o Gladson agradou
De Cruzeiro a Assis Brasil
Nada novo ele viu
Porque será que embarcou?

As obras por terminar
Que o Petismo cá deixou
Foram todas concluídas
O “Gladin” nem se abalou
No que estava perdido
Dinheiro foi investido
E muitas vidas salvou

A notícia da campanha
Foi que o homem disparou
A lapada foi tão dura
Que o Jorginho arregou
Ele agora tá tremendo
Pois o bambu ta gemendo
No lombo de quem dançou

Afinal por 20 anos
No Petismo comandou
Não fizeram ou não quiseram
O povo lhe abandonou
O xeque-mate foi dado
Pro Jorge ficar calado
O povão determinou.

O Leo Rosas garante
Em cadeia nacional
A notícia bem quentinha
Transmite em tempo real
Com seu estilo famoso
Aqui vai o espinhoso
Nesse Cruzeiro Naval

Cameli ao seu estilo
Imprimiu novo riscado
Fazendo um governo leve
Construiu o seu legado
Venceu ao estilo dele
Pois foi: todos contra ele
Por isso mesmo embarcados

Cameli na Pandemia
Foi um monstro em ação
Construiu dois hospitais
Com muita dedicação.
Salvar vidas foi seu lema
Esse foi o grande tema
Que lhe deu inspiração.

Contra tudo e contra todos
O Cruel já disse bem
Parecia um trator
Que arregaçando lá vem
A luta foi diuturna
Por isso que lá na urna
Não teve pra mais ninguém.

Quem pensa que o povo é besta
Quem subestima o povão
Quem acha que sabe tudo
Que preste muita atenção
Queira sair do engano
Pois o povo soberano
Decide logo a questão.

Depois do povo embarcado
O povo vem acenar
Vejam só o convidado
Que tá vindo autorizar
O Cameli vem sorrindo
Da balsa se despedindo
Pra viagem começar.

Se você não sabe eu digo
Repetir nunca é demais
A vitória só pertence
A quem luta e vai atrás
O 11 foi confirmado
De longe se ouve o brado:
Avançar pra Fazer Mais.

Cameli Vitorioso
Continua a governar
Com Mailza sua Vice
O Acre vai comandar
Já lhe digo sem demora
O melhor tá vindo agora
Você pode acreditar.

Meus amigos me despeço
Lhe deixando a diversão
Escrevendo essa Balsa,
Só renova a emoção
A tradição já não morre.
Que vê close não vê corre
Lhes digo de coração

Aqueles que eu não citei
Dentro dessa embarcação
Não foi nenhuma maldade
Nem também foi distração.
É com carinho que eu faço
Mas fica aqui o abraço
Do amigo Chico Gatão.

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